Karina Azevedo

A justiça espanhola decidiu reabrir o caso do contrato entre o Neymar e o Barcelona. Em reavaliação, o juiz José de La Mata decidiu que os contratos de 2011 alteraram o livre mercado de transferências de jogadores e que a livre concorrência foi afetada por um delito. Assim, além do jogador, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, o pai de Neymar e até mesmo ex-dirigentes serão processados.

O caso foi iniciado pela empresa DIS, que era dona de parte dos direitos sobre o jogador quando o brasileiro ainda jogava pelo Santos. O Tribunal na Espanha já havia aceitado o processo, que ainda aponta para a manipulação de contratos. A queixa tem como origem a divisão do pagamento que o Barcelona devia realizar na compra do jogador.

A DIS deveria receber 40% do dinheiro que o clube catalão ou qualquer outro gastaria no jogador, o que o Barcelona, segundo a empresa, não pagou. As investigações na Espanha acabaram revelando que o valor real pago por Neymar chegou a 83 milhões de euros, o que acabou sendo confirmado pelo clube e levou à queda de sua diretoria. Mais 40 milhões de euros teriam ido para Neymar por meio de “contratos simulados”.