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sábado, 23 de novembro de 2024
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Confronto

Bombardeios violam trégua e impedem retirada de civis de Aleppo

Os intensos combates impediram a retirada dos moradores que ainda estão na região

Postado em 14 de dezembro de 2016 por Renato
Bombardeios violam trégua e impedem retirada de civis de Aleppo
Os intensos combates impediram a retirada dos moradores que ainda estão na região

O Exército sírio retomou na manhã desta quarta-feira (14) os
bombardeios contra o setor rebelde de Aleppo, apesar do acordo concluído na
terça-feira (13) entre a Rússia e a Turquia para a retirada de civis e
rebeldes. O pacto deveria marcar o fim da sangrenta ofensiva militar contra a
cidade do Norte da Síria, iniciada há um mês. A informação é da Rádio França
Internacional.

Os bombardeios chegaram a ser suspensos por algumas horas,
mas, nesta manhã, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), as
tropas do regime dispararam ao menos 14 morteiros contra o setor rebelde. Os
intensos combates impediram o início da operação para a retirada dos moradores
que ainda estão na região, prevista para começar hoje.

Os dois lados se acusam pelo não respeito à trégua. O
chanceler russo, Serguei Lavrov, afirma que a resistência dos últimos
insurgentes deve estar resolvida em dois ou três dias. Analistas europeus dizem
que o regime sírio boicota a trégua por ter se sentido excluído da negociação
entre a Rússia e a Turquia, protetora dos rebeldes. O governo turco acusa
Damasco de impedir a saída dos civis.

Sitiados

Organizações humanitárias estimam que de 90 a 100 mil civis
estão cercados em uma área de cinco quilômetros quadrados no leste de Aleppo. A
Rússia diz que 360 rebeldes entregaram as armas nas últimas 24 horas e 6 mil
civis, incluindo 2 mil crianças, puderam deixar a zona de guerra.

A queda de Aleppo, que marcará o fim de quatro anos de
rebelião na segunda maior cidade da Síria, é vivida na Europa como um momento
de incerteza. A Rússia e o Irã, aliados de Bashar Al Assad, vão celebrar um
triunfo, enquanto os ocidentais terão de se resignar com o restabelecimento
político e militar do ditador de Damasco.

Foto: (Reprodução R7) 

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