Campeã da São Silvestre não esperava recorde
Queniana Jemima Sumgong disse que ficou surpresa com a sua performance na prova de São Paulo
A grande campeã da prova feminina da 92ª edição da Corrida de São Silvestre, no último sábado, a queniana Jemima Sumgong, disse que esperava ter bom desempenho na prova, mas que se surpreendeu com a quebra do recorde ao terminar a corrida com 48 minutos e 35 segundos. A marca anterior, de 48min48s, da também queniana Priscah Jeptoo, já durava cinco anos.
Medalhista de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a atleta disse que o mais difícil na corrida de sábado foi reunir energia para a subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio sob o tempo muito quente e úmido que a cidade de São Paulo tem neste sábado.
Outras competidoras estrangeiras que subiram ao pódio também se queixaram do calor e da subida de Brigadeiro. Flomena Cheyech Daniel, do Quênia, chegou na segunda posição, com 49min15s; Eunice Cehbicii, do Bahrein, na terceira, com tempo de 50min26s; Ymer Wude da Etiópia, em quarto lugar, com 51min40s e a etíope Ester Chesang Kakuri completou o pódio feminino com 51min45s. Todas agradeceram a acolhida que receberam no Brasil e manifestaram a intenção de disputar a São Silvestre a prova.
Já a brasileira Tatiele Roberta de Carvalho, que chegou em sétimo lugar com tempo de 54min01s, disse ter ficado muito alegre com o resultado e que a posição é consequência de muito treino.“O nível deste ano estava altíssimo.” Finalista na Rio 2016, ela contou que a cada passada ouvia seu nome durante o percurso e isso a ajudou a melhorar o seu desempenho. “Fecho 2016 com a sensação do dever cumprido”. Tatiele disse que agora vai se preparar para disputar a corrida dos 10 mil metros de Londres.
Masculino
O brasileiro Giovani dos Santos, que chegou em quarto lugar com tempo de 45 minutos ante 44m53s do grande vitorioso, o etíope Leul Aleme, disse que ficou satisfeito com seu desempenho na corrida. No ano passado, Santos chegou em quinto lugar. Sobre o seu nível de preparação física comparou ao efeito da maturação do vinho. “Assim como o vinho quanto mais velho, melhor eu fico”, brincou.
Atletas africanos mantiveram a hegemonia na 92ª São Silvestre e foram maioria no pódio da corrida de rua mais tradicional do país. O etíope Leul Gebresiale Aleme ficou em primeiro lugar, com 44 minutos e 53 segundos, seguido do compatriota Dawit Fikadu Admasu, apontado com um dos favoritos. Na terceira posição, ficou o queniano Stephen Kospel. (Agência Brasil)