Brasil perde 1,3 milhão de vagas de emprego formal em 2016, aponta Caged
A queda no estoque de emprego em cinco regiões do país foi 22,4% menor que a observada no mesmo período de 2015
O país perdeu 462.366 vagas de emprego formal em dezembro de
2016, uma variação negativa de 1,19% em relação ao mês de novembro do mesmo
ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. No acumulado de
2016, foram eliminados 1.321.994 postos de trabalho no Brasil, diminuindo o
estoque de vagas formais em 3,33%.
Foram registradas 869.439 admissões e 1.331.805
desligamentos no período. O resultado mantém a tendência de mais demissões que
contratações no mercado de trabalho brasileiro. A queda no estoque de emprego
nas cinco regiões foi 22,4% menor que a observada no mesmo período de 2015.
A série histórica do Caged mostra que entre 2002 e 2016
ocorreram resultados negativos no estoque de vagas formais apenas em 2015 e
2016. A maior geração de empregos no período foi em 2010, quando 2.223.597
postos de trabalho foram criados. Os anos seguintes apresentaram resultados
positivos, mas decrescentes.
De acordo com os dados, os oito setores de atividade
econômica avaliados sofreram queda no nível de emprego. O setor de Serviços
teve a maior redução do estoque de vagas em termos absolutos, com 157,6 mil
postos a menos. O setor Indústria de Transformação perdeu 130,6 mil vagas. A
maior queda percentual foi na Construção Civil, com 82,5 mil postos de trabalho
fechados, o que representa um encolhimento de 3,47% do setor. O segundo maior
recuo foi na Agricultura, com 48,2 mil vagas a menos.
Salários
O Caged informou também que o salário médio de admissão em
2016 caiu 1,09% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$
1.389,19, em 2015, para R$ 1.374,12, em 2016.
O relatório aponta que os salários dos homens caiu mais que
o de mulheres no período. O salário deles caiu em média 2,43% em 2016, enquanto
o delas caiu 0,99%. Com a redução dos salários masculinos, a média de salarial
das mulheres passou a representar 89,24% do que eles recebem.
Foto: (Reprodução)