JÚNIOR BUENO

O vocalista Marcus Cintra define o repertório do grupo Sambaboom como uma mistura que vai “de Paralamas do Sucesso a Anitta”. O grupo tem um jeito muito particular de executar e interpretar sucessos consagrados da música brasileira, com arranjos próprios e releituras, promovendo mudanças de ritmos, o que agrada o publico que os acompanha nas apresentações que fazem rotineiramente nas casas noturnas de Goiânia, e, através da internet, onde mantém interação constante com os seguidores.

Formado pelos amigos Marcos Cintra, publicitário, e Wandir Leite, bacharel em Direito e serventuário da Justiça, ambos goianienses, eles se definem como um grupo, não uma dupla, pois sempre se apresentam acompanhados de outros músicos que são contratados – conforme o tamanho do show – e não aceitam rótulos, o que os obrigaria a caminhar por um único estilo musical. 

Amigos há quase 20 anos, cada um deles tinha uma trajetória musical diferente, mas se juntaram, há dois anos, para uma nova fase do Sambaboom, que era um grupo de Wandir e que, por um tempo, esteve desativado. Com a nova formação, eles investiram no formato de dois nomes à frente da banda, se revezando e se complementando no palco. “Eu sempre gostei de samba, e foi por isso que o Wandir me chamou”, diz Marcus.

E a mistura não teria como ser mais acertada. Marcus e Wandir atravessaram 2016 com uma agenda sempre cheia e shows em grandes casas como Wood’s, Villa Mix e Alabama. Mesmo locais tradicionalmente sertanejos se rendem à animação dos shows do Sambaboom. Até mesmo na Exposição Agropecuária de Goiânia eles também botaram os caubóis do asfalto para sambar.

O ritmo, segundo Marcus, é “uma levada de samba rock com samba duro, que é muito tocado na Bahia”. Músicas como Pescador de Ilusões, do Rappa; Flor de Lis, de Djavan; Palpite, de Vanessa Rangel, dentre tantos outros sucessos nacionais, ganham novos arranjos nos shows. 

Para este ano, eles planejam o lançamento de duas músicas inéditas – ainda para este semestre. Enquanto isso, eles fazem sucesso nas redes sociais, onde divulgam os shows e postam fotos do cotidiano do grupo. A agenda já tem shows marcados até outubro, em Goiânia e pelo interior do Estado. 

Marcus e Wandir ainda trabalham em outros empregos, em horário comercial, dedicando à carreira de músicos um tempo especial de seus dias – ou noites. Eles seguem a filosofia de que é melhor ganhar a vida fazendo o que se gosta. No caso deles, o samba é uma escolha da qual não abrem mão. “Se fosse ir pela onda do momento, o normal seria montar uma dupla sertaneja”, diz ele. Mas, com eles, mesmo moda de viola vira samba-rock. Mesmo se dedicando a outras profissões, no fundo, o negócio deles é a música.