PF investiga donos de avião envolvido no acidente de Eduardo Campos
Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva, todos em Recife
A
Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (31) a Operação Vórtex, desmembramento da
Operação Turbulência, que investiga a propriedade do avião Cessna Citation
PR-AFA, que transportava o então candidato à Presidência da República, Eduardo
Campos, em 13 de agosto de 2014. Naquele dia, a aeronave caiu em Santos, no
litoral paulista, matando Campos e mais seis pessoas.
Segundo
a PF, as investigações apontaram que a empresa remetente dos recursos possui
contratos milionários com o governo de Pernambuco e que suas doações a
campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos,
em especial para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador do estado,
Eduardo Campos.
Estão
sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão e quatro de condução
coercitiva, todos em Recife, capital pernambucana.
A
investigação começou a partir da análise de movimentações financeiras das
contas de empresas envolvidas na aquisição do avião. Segundo a PF, ao analisar
as contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas utilizadas para a compra,
observou-se que os valores transferidos por uma das empresas investigadas na
Operação Turbulência haviam sido, na verdade, repassados dois dias antes por uma
terceira empresa, que ainda não havia sido alvo da investigação original.
“A
exatidão do montante e o curto intervalo de tempo envolvido nas duas transações
sugerem, assim, que a conta investigada na Operação Turbulência tenha sido mera
conta de passagem”, diz a PF, em nota. Os envolvidos nas transações responderão
pelos crimes de corrupção, direcionamento de licitação e lavagem de dinheiro.
O
nome da operação – vórtex (ou vórtice) – no jargão aeronáutico é o nome dado ao
movimento de massas de ar em formato de redemoinho ou ciclone que geralmente
precede a turbulência.
(Agência Brasil)