Contas externas têm déficit de US$ 5 bilhões em janeiro
O saldo negativo de transações correntes foi menor em janeiro do ano passado
As contas externas iniciaram este ano com déficit de US$
5,085 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta
sexta-feira (17). Em janeiro de 2016, o saldo negativo das transações correntes
– compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país
com o mundo – foi menor, tendo ficado em US$ 4,817 bilhões.
No balanço das transações correntes, a conta de renda
primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou saldo
negativo de US$ 5,344 bilhões, no mês passado.
A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel
de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo
com US$ 2,419 bilhões.
A conta de renda secundária (gerada em uma economia e
distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida
de serviços ou bens) apresentou resultado positivo de US$ 174 milhões.
A balança comercial contribuiu para reduzir o déficit das
contas externas, ao apresentar superávit de US$ 2,504 bilhões.
Quando o país tem déficit nas contas externas, é preciso
financiar esse resultado negativo com investimentos estrangeiros ou tomar
dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos
que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a
melhor forma de financiar por ser de longo prazo.
No mês passado, o IDP chegou a US$ 11,528 bilhões e foi mais
do que suficiente para cobrir todo o déficit em transações correntes.
Em janeiro deste ano, o país também registrou entrada de
investimento em ações negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior e
em fundos de investimento, no total de US$ 962 milhões.
O BC registrou ainda entrada líquida de investimento em
títulos negociados no país de US$ 502 milhões, no mês passado.
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