ELISAMA XIMENES

Uma pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) avaliou que o turismo em Goiás também está em crise. Os pesquisadores analisaram os municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Anápolis – que compõem a região central do Estado. De acordo com as conclusões do estudo, feito pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da UFG, o turismo por aqui é prejudicado pela burocracia em que esbarra. Isso ocorre mesmo que o posicionamento estratégico dos municípios tornem o turismo algo rentável. Além disso, a falta de investimentos também é um dos colaboradores para essa situação.

Os quatro municípios, juntos, são responsáveis por 45% da riqueza produzida no Estado. Isso é motivado pelo fato de que são, também, centros de referência nacional nos setores de confecções, farmoquímico e agronegócio. O índice de competitividade também é superior ao da média nacional. 

Para resolver o problema, os municípios citados devem investir na realização de congressos para atrair turistas das regiões Norte e Nordeste. O grupo de estudos percebeu, também, que apenas duas ações do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável, formulado em 2012, foram plenamente realizadas.

Além disso, há também a ausência de secretarias municipais estruturadas, que seriam um fator importante para o fomento do turismo na região. Há, também, a necessidade de aperfeiçoar 67% dos quartos da rede hoteleira. Isso, porque eles não possuem adaptação de quartos para portadores de necessidades especiais. 

Os pesquisadores concluíram, também, que a região tem um alto potencial, mas ainda é pouco explorada devido a questões relacionadas ao marketing, a comunicação escassa entre as secretarias que cuidam do turismo nas cidades e no Estado. O grupo considera que uma intersetorialidade maior entre as secretarias, de acordo com o que foi observado em outros locais, seria uma boa solução para o fomento do turismo em Goiás.

O grupo de pesquisa também se baseia no dado da Organização Mundial do Turismo, que garante que a cada dólar investido no turismo, há um retorno multiplicado por dez. Dessa maneira, o investimento nessa área não seria apenas supérfluo, mas rentável, de forma significativa, para a economia de cada município e, inclusive, do Estado.