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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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Saúde

Cerca de 70% das mulheres com mais de 45 anos já foram ao cardiologista

Entre as mulheres da mesma faixa etária, 69,91% disseram visitar o ginecologista pelo menos uma vez por ano e outras 30,09% disseram ir a cada dois anos

Postado em 8 de março de 2017 por Toni Nascimento
Cerca de 70% das mulheres com mais de 45 anos já foram ao cardiologista
Entre as mulheres da mesma faixa etária

Uma pesquisa feita com 692 mulheres
acima de 25 anos mostrou que 71,24% daquelas com mais de 45 anos já passaram
por consulta com um clínico geral ou cardiologista para verificar como está a
saúde do coração. Entre as mulheres da mesma faixa etária, 69,91% disseram
visitar o ginecologista pelo menos uma vez por ano e outras 30,09% disseram ir
a cada dois anos.

A sondagem sobre a saúde cardiovascular
da mulher brasileira, feita pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM),
foi divulgada hoje (8) para lembrar a campanha Mulher Coração, lançada em julho
do ano passado com o objetivo de conscientizar as mulheres quanto ao aumento
dos problemas cardiovasculares entre elas. As entrevistas foram feitas entre 15
de fevereiro e 5 de março.

Segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares na mulher já ultrapassam as
estatísticas dos tumores de mama e útero e correspondem a um terço das mortes
no mundo, chegando a 8,5 milhões de óbitos por ano, mais de 23 mil por dia.
Entre as brasileiras, principalmente acima dos 40 anos, as cardiopatias chegam
a representar 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina.

A pesquisa da SBCM mostrou ainda que
69,95% das entrevistadas têm histórico de doenças cardiovasculares na família e
que 78,61% têm histórico de hipertensão entre os parentes. Entretanto, 62,57%
disseram não ter nenhuma doença crônica. Quando questionadas sobre os hábitos,
7,23% responderam fazer duas refeições por dia, 40,03% disseram fazer três e
52,17% quatro ou mais. As que disseram ter o hábito de beber água diariamente
foram 97,92%.

A maioria disse que não fuma e nunca
fumou (85,55%), 57,23% falaram que não tem o costume de ingerir bebida
alcoólica e 61,56% disseram praticar atividade física. A porcentagem daquelas
que costumam fazer atividades de lazer chega a 77,46%. Com relação ao trabalho,
54,19% disseram que trabalham mais de oito horas, 29,19% até oito horas e
16,62% até seis horas. Além disso, 68,45% afirmaram que o trabalho é um dos
fatores que mais gera stress.

“Com o progresso social, a mulher passou
a ter uma atividade profissional muito intensa e foi submetida ao mesmo stress
enfrentado pelo homem. Os fatores de risco passaram a existir também sobre ela,
como o tabagismo, pílula anticoncepcional, obesidade, vida sedentária, colesterol,
diabetes e exercícios físicos sem acompanhamento. E assim, nos deparamos
frequentemente com a doença arterial coronariana que geralmente leva ao
infarto”, explicou o presidente da SBCM, Antonio Carlos Lopes.

De acordo com Lopes, há mulheres que não
dão atenção à saúde cardiovascular porque, no passado, a mulher morria mais no
parto e de outras causas, e, por isso, 
não chegava à idade na qual as doenças do coração começam a se
manifestar. “Também não existia tabagismo intenso, mulher com três jornadas de
trabalho, mulher estressada, abuso da alimentação, incidência de obesidade,
diabetes, hipertensão e abuso do álcool como há hoje”.

Além da pesquisa, para lembrar o Dia
Internacional da Mulher, a SBCM, em parceria com a Agência de Transporte do
Estado de São Paulo (Artesp), destacará a campanha Mulher Coração em todas as
rodovias paulistas, com alertas expostos nos painéis das estradas. 

(Agência Brasil)

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