Orçamento de Trump aumenta gastos militares e corta verba para meio ambiente
Internamente, a proposta também traz um corte de recursos para a Agência de Proteção Ambiental (EPA)
A proposta orçamentária dos Estados Unidos para 2018,
apresentada hoje (16) pelo presidente Donald Trump, quer incrementar os gastos
militares, diminuir os recursos para programas de ajuda externa e eliminar o
envio de dinheiro do paÃs para o Fundo Verde das Nações Unidas, verba destinada
para amenizar as mudanças climáticas. Internamente, a proposta também traz um
corte de recursos para a Agência de Proteção Ambiental (EPA).
Por outro lado, a proposta de Trump dá um aumento de U$ 52
Bilhões para o Pentágono. E destina parte da verba para programas nucleares.
Além disso, o texto aumenta os recursos para combater o grupo extremista Estado
Islâmico, aumentar a quantidade de tropas norte-americanas no Oriente Médio e
promover investimentos em equipamentos para a Força Aérea e a Marinha.
As chamadas Operações de Contingência no Exterior terão um
fundo de U$ 12 bilhões para financiar gastos extraordinários, em zonas de
guerra.
Ambiente prejudicado
O orçamento de Trump prevê o corte de 31% dos recursos
destinados à Agência de Proteção Ambiental, e retira o financiamento voltado
para questões vinculadas às mudanças climáticas, eliminando o Plano de Energia
Limpa – que concentrava as iniciativas para a redução da emissão de dióxido de
carbono – e prevendo cortes em programas sobre qualidade da água e ar.
A redução em programas de ajuda externa será de pelo menos
28% e além de suspender a ajuda para o Fundo Verde da ONU, outros
financiamentos que eram destinados ao organismo multilateral também serão
afetados, como ações de intercâmbio cultural.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA aparece na nova
proposta com aumento de quase 7% dos seus recursos, que devem ser usados
especialmente para coibir a imigração ilegal e incrementar deportações. Ao todo
U$ 5.1 bilhões serão destinados para a construção de um muro na fronteira dos
EUA com o México, divididos para este ano e o ano que vem.
(Agência Brasil)