Mercado reduz projeção da inflação de 4,19% para 4,15% este ano
Mercado financeiro espera que inflação caia para 4,15% este ano, o que pode reduzir o custo de vida
O mercado financeiro reduziu, pela segunda vez consecutiva,
a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,19% para 4,15%, de acordo com o
boletim Focus, uma publicação elaborada todas as semanas, pelo Banco Central
(BC), e divulgada às segundas-feiras.
A estimativa para a inflação este ano está abaixo do centro
da meta, que é 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%.
Para 2018, a projeção não foi alterada – continua em 4,5%.
A estimativa de instituições financeiras para o crescimento
da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas
produzidas pelo país) este ano foi mantida em 0,48%. Para o próximo ano, passou
de 2,4% para 2,5%.
Para o mercado financeiro, a taxa Selic encerrará 2017 em 9%
ao ano. Para o final de 2018, a expectativa caiu de 8,75% para 8,50% ao ano.
Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados
para influenciar a atividade econômica e a inflação.
Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda
aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem
o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a
tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao
consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
Foto: Reprodução (Tânia Rêgo/Agência Brasil)