Assembleia Geral da ONU quer eliminação total de armas nucleares
O encontro ocorrerá em duas fases: a primeira de hoje até sexta-feira (1º) e a segunda entre 15 de junho e 7 de julho
A Assembleia Geral das Nações
Unidas iniciou nesta segunda-feira (27) as negociações de um acordo para
proibir as armas nucleares e a eliminação total dos arsenais existentes. O
encontro ocorrerá em duas fases: a primeira de hoje até sexta-feira (1o ) e a
segunda entre 15 de junho e 7 de julho. As informações são da ONU News.
O presidente da Assembleia Geral,
embaixador Peter Thomson – cujo mandato vai até setembro de 2017 -não pôde
participar da abertura, mas suas declarações foram lidas pelo embaixador de
Bangladesh na Organização das Nações Unidas, Masud Bin Momen.
Na nota, Thomson lembra que a ONU
tenta eliminar as armas nucleares há mais de 70 anos, mas que, ainda assim,
está difícil visualizar um mundo sem este tipo de armamento. Ele explicou que
os estoques de armas nucleares hoje são os menores desde o fim da Guerra Fria.
Mas destaca que essas armas ainda existem, impondo riscos inaceitáveis para a
humanidade.
Desenvolvimento Sustentável
Segundo Peter Thomson, uma
simples falha técnica numa arma nuclear pode causar “danos inimagináveis,
com mortes em massa, destruição e consequências de longo prazo para o meio ambiente,
a economia e a saúde”.
Na nota, ele lamenta que esse
tipo de armamento continue sendo motivo de medo e de desconfiança entre países.
O presidente da Assembleia Geral gostaria que o dinheiro investido em armas
nucleares fosse utilizado em ações para o cumprimento dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
Os ODS – adotados formalmente em
setembro de 2015 por todos os 193 países-membros da ONU – têm entre suas
propostas erradicar a fome e a pobreza, promover a agricultura sustentável,
saúde, educação e igualdade de gênero, além de garantir a todos o acesso à
água, ao saneamento e à energia sustentável, o crescimento econômico, emprego,
a industrialização, cidades sustentáveis e a redução da desigualdade.
(Agência Brasil)