Na Tecnoshow, Banco Central diz que pode liberar 120 milhões para Seguro Rural
Valor, que deve ser disponibilizado na próxima safra, foi solicitado pelo Mapa e visto como necessário pelo BC
Visto com bons olhos pelo Banco Central (BC), o pedido do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que a entidade
libere R$ 120 milhões para o Seguro Rural tem possibilidades reais de ser
atendido. A afirmação foi feita na tarde desta terça-feira (4), durante
palestra do coordenador do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro
(Sicor-Proagro) Sergio Sescato, na TECNOSHOW COMIGO. Na ocasião, ele explicou
que as equipes técnicas do Governo Federal entraram em consenso sobre a necessidade
de fortalecimento do Seguro Rural, principalmente no Centro-Oeste, onde as
propriedades são maiores. O entendimento resultou em uma grande probabilidade
do BC liberar um valor três vezes maior do que foi disponibilizado para a safra
atual.
Sescato explicou ainda que a demora na conclusão sobre a
necessidade do setor agrícola se deveu as constantes ingerências políticas nas
decisões relativas ao crédito rural. “Hoje quer se dar um pouco mais de
prioridades aos recursos públicos e fortalecer a contratação de seguro para
propriedades. Nós acreditamos que a liberação de R$ 120 milhões será possível,
mas é claro que a palavra final virá do Ministério da Fazenda, na apresentação
do Plano Safra até o início de junho”, pontuou. Para a subvenção de Seguro
Agrícola da safra atual foram liberados R$ 400 milhões.
Liberação com maior precisão
Sescato também apresentou uma nova ferramenta que está em
fase de teste e que deve melhorar a distribuição dos recursos. Trata-se do
Sistema de Informações Geográficas (GIS), que vai operar em conjunto com o
Sicor-Proagro. Esse último fornece as coordenadas geodésicas das propriedades e
o GIS aponta a localização exata das mesmas, juntamente com os dados
meteorológicos da região. O cruzamento de informações pode confirmar ou
contradizer os indicativos de perdas na produção.
Assim, o BC poderá estimar perdas e enviar relatórios para
os órgãos federais responsáveis, o que deve aprimorar a fiscalização e melhorar
a precisão das informações, assim como tornar mais assertiva a definição do
valor liberado para cada produtor. A ferramenta deve ser lançada nos próximos
dois anos. (Voltz Comunicação)
Foto: reprodução