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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Saúde

Maternidade Dona Iris suspende parte do atendimento

Prefeitura alega estar pagando a dívida. Mas administração do hospital questiona irregularidade que permeia por mais de um ano

Postado em 6 de abril de 2017 por Sheyla Sousa
Maternidade Dona Iris suspende parte do atendimento
Prefeitura alega estar pagando a dívida. Mas administração do hospital questiona irregularidade que permeia por mais de um ano

Wilton Morais 

A dívida da Prefeitura de Goiânia com a administração do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) caucionou a suspensão de ultrassonografia, consultas e cirurgias no Hospital. A medida foi tomada pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (FundaHC) responsável pela administração do Hospital. No mês passado a unidade já havia suspendido parte do atendimento. À ocasião, o agendamento de novos atendimentos ambulatoriais foi cancelado. Com a nova suspensão, os atendimentos ambulatoriais já agendados também foram suspensos. A dívida é estimada em cerca de R$ 24 milhões com a FundaHC. À época a fundação solicitou R$ 4 milhões para reabrir o ambulatório, porém, apenas R$ 2 milhões foram enviados. 

Segundo informações do Hospital, os profissionais destinados às áreas de serviços suspensos serão remanejados para o plantão de emergência de ginecologia e obstetrícia. Como consequência, a maternidade irá parar de realizar mensalmente 1,2 mil exames de ultrassonografia, 1,2 mil consultas e 60 cirurgias. Com os trabalhos da maternidade, a gestante que possuía alguma alteração era encaminhada diretamente para a assistência ao parto. Com a suspensão, essa paciente terá que realizar um chequinho para fazer exames como ultrassom.

Os três aparelhos de ultrassom da maternidade, assim que forem desligados serão encaminhados para Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que dará um novo destino aos equipamentos. 

Há ou não repasse 

De acordo com a direção do Hospital, desde junho do ano anterior, a Prefeitura não repassa o valor destinado ao HMDI. São necessários, em média, R$ 4 milhões mensais, para que o hospital se mantenha. Do valor, R$ 1,7 milhão são provenientes do Ministério da Saúde e R$ 700 mil por conta de exames atendidos pelo SUS. Já o valor mensal de responsabilidade da prefeitura é de R$ 1,6 milhão.

Sem verba, o serviço prestado pela maternidade está sendo fechado aos poucos. Já a SMS informou que está repassando a maternidade os valores dos pagamentos. De acordo com a pasta, mais de R$ 5 milhões foram repassados a Fundação no mês de março. Sobre a retirada dos aparelhos de ultrassom da maternidade, a pasta alegou desconhecimento. 

Há duas semanas, por intermédio do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o espaço jasmim do hospital foi reaberto. Os leitos haviam sido fechados em dezembro do ano passado por conta de corte de gastos. A reabertura só foi realizada, após acordo de repasse de verbas, por conta da necessidade de apoio ao Hospital Materno Infantil (HMI), que estava com problema de contaminação devida a superlotação que proporcionou o aparecimento de uma superbactéria – responsável pela morte de dois bebes.

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