Obra do BRT é reiniciada em quatro frentes
Complexidade, clima e burocracia podem atrasar previsão de entrega para até final de 2019
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Wilton Morais
A última previsão de entrega das obras do ‘Bus Rapid Transit’ era para março de 2019. Mas de acordo com o secretário municipal de infraestrutura e serviços públicos, Fernando Cozzetti nesse tempo é impossível concluiu as obras. O responsável pela pasta confirma que a obra é prioridade na Seinfra, mas devido à complexidade, alguns meses poderão ser acrescidos na construção, que deve ser entregue em 2019.
Para honrar contrapartidas previstas ao município, a prefeitura realizou um financiamento com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 100 milhões. Apesar do planejamento, o que barra as obras do BRT são interferências burocráticas e climáticas, além das incertezas quanto ao projeto. Apenas 20% da obra foi realizado até o momento.
Durante reunião com a Comissão Especial que investiga as obras do BRT, na Câmara Municipal de Vereadores, Cozzetti e o gestor de contratos do Consórcio BRT-Goiânia, Francisco Brandoles informaram sobre as irregularidades encontradas quando assumiu a pasta. Entre os relatos apresentados, o titular da Seinfra disse ter verificado atraso de R$ 15 milhões com o consórcio. Do valor R$ 11 milhões são referentes a contrapartidas da Prefeitura e R$ 4 milhões referente a um valor que a Caixa ainda não tinha liberado.
Suspensão
Para que as obras não continuassem paradas, a Seinfra negociou o parcelamento com o consorcio, retomando os serviços. Para que as obras continuassem, conforme Cozzetti foram pagos até agora, R$ 3 milhões providos da Caixa e outro montante de R$ 3 milhões da Prefeitura. Durante os próximos oito meses, o restante da dívida – R$ 8 milhões serão pagos de forma parcelada. Segundo o secretário, a Seinfra teve a garantia do prefeito Iris Rezende de que o dinheiro da contrapartida está assegurado.
Ainda durante as negociações com o consorcio, a pasta abriu mão da cobrança de custos de administração local – gastos extras, destinado ao pagamento mensal com trabalhadores, canteiro de obra e outros serviços.
BRT
Atualmente, quatro frentes de trabalho estão atuando no BRT. Duas equipes são responsáveis pela obra nas proximidades do Terminal Recanto do Bosque e na confluência da Avenida Oeste com a Goiás Norte. Atualmente são 150 pessoas na execução do serviço. Em horário de pico, conforme a liberação das parcelas das contrapartidas e inicio de outras frentes de trabalho, 500 pessoas poderão estar na execução dos serviços.
As obras do BRT foram orçadas inicialmente em R$ 242,4 milhões. O investimento é o maior em mobilidade urbana de Goiânia. Com a conclusão da Obra, o ‘Bus Rapid Transit’ deve corrigir o desequilíbrio do sistema de transporte da cidade. Segundo informou o secretário, até o momento, foram faturados cerca R$ 53 milhões, 21% do valor contratual total. Desse valor, a Prefeitura já pagou R$ 26 milhões.
Atualmente, a maioria dos corredores de ônibus de Goiânia é no sentido Leste-Oeste. O BRT ligará as regiões Sul e Noroeste, com uma frota de 82 novos veículos, sendo 30 articulados e 52 convencionais, capazes de transportar até 12 mil passageiros por hora, em momentos de pico.