Marcelo Cabo lamenta saída do Atlético
Técnico do Atlético, porém, comemora legado nos 13 meses que ficou à frente da equipe
Felipe Bonfim
Marcelo Cabo pediu demissão após a derrota do Atlético para o Bahia, por 3 a 0, na última segunda-feira, e se despediu do clube na tarde de ontem. O treinador lamentou o fim de sua passagem de 13 meses pelo rubro-negro – era o treinador da Série A com maior tempo de trabalho –, mas avaliou que deixa um legado importante para o Dragão.
“É um momento que não é fácil para mim. Aqui é minha casa. São 13 meses. É a cidade que escolhi para minha família morar. Deixar esse ciclo, esse projeto interrompido, é duro, mas profissional tem que estar preparado. O mais importante é sair pela porta que entrei. Isso é importante para o profissional. Deixo aqui um legado e uma gama de amigos”, disse o agora ex-comandante atleticano.
Campeão da Série B com o Atlético em 2016, Marcelo comandou a equipe em 60 partidas, tendo conquistado 28 vitórias, 16 empates e 16 derrotas. Ele deixa o clube com 55% de aproveitamento dos pontos disputados. Na despedida, ele agradeceu a confiança do vice-presidente executivo e gestor de futebol, Adson Batista.
“Eu gostaria de ressaltar a postura da diretoria e do Adson, que faz uma gestão moderna. Ele é meu amigo, meu irmão, me ensinou muito. Até ontem eu era o treinador com mais tempo de cargo na Série A. O Atlético não vai parar de crescer. O Adson se dedica muito e é importante que todo mundo abrace o clube agora”, afirmou.
Agora, o Dragão vai ao mercado e tenta encontrar outro nome para substituir Cabo. A expectativa da diretoria é que o novo treinador esteja em Goiânia já amanhã e faça sua estreia no domingo, quando a equipe enfrenta o Cruzeiro, fora de casa.
Argel Fucks, 42 anos, demitido do Vitória no início de maio, é o favorito para assumir o cargo. Ele foi campeão estadual com Figueirense (2015), Internacional (2016) e o próprio Vitória (2017). Com o rubro-negro baiano, ele teve 21 vitórias, quatro empates e apenas três derrotas na temporada.
Dispensas
Questionado sobre uma nova reformulação no elenco do Atlético, Adson Batista, avaliou que, caso ocorram, as dispensas irão acontecer apenas após a chegada de reforços. O dirigente avalia que o grupo está fragilizado e este não seria o melhor momento para reconstrução.
“Eu não vou mandar ninguém embora, se não vai piorar. Se alguém for sair, vai ser de forma cirúrgica. Primeiro vou buscar um reforço e, quando alguém sair, ninguém vai nem notar a diferença. Nosso grupo está assustado”, concluiu.