O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
LEITURA

Pesquisa da UFG explica por que pessoas ainda leem impresso

O estudo concluiu que os jornais impressos são estruturados e utilizados de um modo que os leitores se sentem atraídos a ler histórias sobre as quais eles não se interessam de antemão

Postado em 12 de junho de 2017 por Sheyla Sousa
Pesquisa da UFG explica por que pessoas ainda leem impresso
O estudo concluiu que os jornais impressos são estruturados e utilizados de um modo que os leitores se sentem atraídos a ler histórias sobre as quais eles não se interessam de antemão

Os jornais on-line substituirão os impressos? O questionamento frequente foi tema de uma pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG), que analisou as diferenças entre ler notícias na internet e no papel. O estudo concluiu que os jornais impressos são estruturados e utilizados de um modo que os leitores se sentem atraídos a ler histórias sobre as quais eles não se interessam de antemão. Além disso, a maioria dos entrevistados na pesquisa creditou à mídia impressa maior veracidade das informações do que quando transmitidas por meios eletrônicos.

Realizado pela professora da Faculdade de Comunicação e Informação da UFG Simone Tuzzo, o estudo resultou no livro Os Sentidos do Impresso. Segundo a pesquisa, o elo estabelecido entre leitores e jornal firma-se muito na relação sensorial e na forma com que o veículo se apresenta. Nesse sentido, para a docente, ainda que as notícias sejam disponibilizadas gratuitamente nas redes sociais, o laço cativo com o impresso se mantém e atravessa gerações. Ela acredita que os veículos impressos devem continuar tendo seu espaço, mas por uma ótica mais crítica. 

“Os leitores que preferem o impresso gostam do cheiro da tinta, do som de virar as páginas, da textura do papel e da calma que traz a leitura do formato do jornal, sendo também um prazer para a visão. Além disso, não são poucos os que citam o prazer associado a um café. Isso é muito interessante, pois a leitura do jornal passou a aguçar os cinco sentidos, ou seja, a princípio já estimulava a visão, o tato, a audição e o olfato, mas como o paladar não estava presente, o café completa o processo”, explicou em a professora, em trecho do livro.

Perspectivas

Simone Tuzzo destaca ainda que o questionamento sobre o fim do impresso remete aos velhos discursos sobre o desaparecimento do rádio quando da chegada da televisão. “Por que alguém iria querer continuar a utilizar um veículo que só emitia som, se com a TV todos poderiam ter som e imagem? Ainda assim, o rádio está conosco até os dias atuais sem o menor sinal de que desaparecerá, isso porque soube se reinventar, se adequar às novas realidades”, exemplifica. Para ela, a cada nova mídia, as anteriores fazem suas adequações, e não necessariamente desaparecem.  “O futuro do jornal impresso depende do que nós e do que as novas gerações fizerem dele. O seu futuro, o seu destino está em nossas mãos!”, afirmou.

SERVIÇO:

Pesquisa da UFG explica por que as pessoas ainda leem impresso

Onde: Faculdade de Informação e Comunicação da UFG, Câmpus Samambaia – Goiânia

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também