Edivaldo Barbosa

Nem a estreia do técnico Doriva foi suficiente para evitar mais uma derrota do Atlético neste Campeonato Brasileiro da Série A. Jogando no Mineirão, em Belo Horizonte, ontem à noite, o rubro-negro perdeu para o Cruzeiro por 2 a 0 – gols  Ramon Ábila na etapa final.  O revés, o quinto em seis jogos disputados, manteve a equipe goiana na zona do rebaixamento com apenas três pontos. Já a Raposa chegou a 10 pontos na tabela de classificação.

Doriva até que armou o Atlético bem. Apesar de recuado, o time passou praticamente o jogo inteiro tentando surpreender o adversário nos contra-ataques. Mesmo cumprindo a determinação tática, o time praticamente não conseguiu incomodar o goleiro Fábio. Quando chegava, principalmente com Andrigo, pecava nas finalizações. Agora, o Atlético vai tentar a reabilitação na próxima quarta-feira, contra o Avaí, no Serra Dourada.

O jogo

O Atlético optou por jogar fechado. Com duas linhas de quatro jogadores, o rubro-negro começou a partida disposto a não dar espaço para o Cruzeiro.  O objetivo era valorizar a posse de bola e explorar, após a marcação, as jogadas de contra-ataques. O rival mineiro, mesmo poupando alguns titulares, tentou impor pressão na ânsia de abrir logo o placar no Mineirão.

No primeiro lance do jogo, o Cruzeiro chegou pela esquerda. Ariel Cabral fez assistência para Robinho, que não alcançou a bola. O rubro-negro, na sequência, respondeu. Andrigo cobrou falta da intermediária para a área do Cruzeiro. Atento, Rafael Marques retirou a bola. A equipe goiana, aos poucos, conseguiu equilibrar as ações, mesmo com o apoio da torcida cruzeirense.

Mesmo valorizando a marcação, o rubro-negro chegou a criar chance de abrir o placar. Aos 19 minutos, o meia Jorginho fez jogada pela esquerda e tocou para Breno Lopes. O atacante chutou e obrigou Fábio a fazer boa defesa. O Cruzeiro, depois de muito tentar, criou grande oportunidade. Aos 28, Thiago Neves recebeu a bola na intermediária, se livrou da marcação de Eduardo Bauermann e chutou forte. Sorte do goleiro que a bola explodiu no travessão.

Com mais espaço na intermediária, Thiago Neves passou a incomodar a defesa atleticana. Aos 32, o meia chutou forte de fora da área, obrigando o goleiro Felipe a espalmar para escanteio.O camisa número 30 do Cruzeiro passou a dar trabalho à defesa atleticana. Além de armar as jogadas, batia de fora da área. Prova disso que o técnico Doriva, estreante da noite, pediu mais atenção à marcação do jogador.

No retorno para o segundo tempo, Doriva optou por não mexer na escalação. Já Mano Menezes substituiu Rafael Marques por Alisson. A exemplo do primeiro tempo, o jogo recomeçou com o rubro-negro recuado e o Cruzeiro atacando. Os jogadores da equipe da casa pediram pênalti após, aos 10 minutos, Alisson cruzar e Bauermann tirar a bola – alegaram que a bola tocou na mão do atleticano, lance ignorado pela arbitragem.

Depois de muito insistir, a Raposa abriu o placar no Mineirão, aos 16. Thiago Neves fez boa assistência para Alisson, que tocou para Ábila finalizar fraco. Apesar da marcação de Bauermann, a bola entrou mansamente para o gol – Cruzeiro 1 a 0.  Gol foi um balde de água fria no Dragão. Aos 27, Alisson recebeu passe de Robinho e tocou para Ábila chutar em cima do goleiro atleticano.

O Cruzeiro manteve a pressão e chegou ao segundo gol através de cobrança de pênalti. Aos 33, Alisson foi derrubado por André Castro dentro da área. Ábila se encarregou da cobrança e bateu forte, sem chance para Felipe – 2 a 0. O gol desanimou de vez o Atlético.