Estudo mostra que 14 barragens em Minas Gerais não possuem segurança
Das 61 barragens que fazem uso do método de alteamento à montante, 4 não foram consideradas seguras. O método era utilizado na barragem de Fundão, responsável pelo desastre em Mariana
Foi divulgado na tarde desta
segunda-feira (03) o Inventário das Barragens 2016. O documento, publicado pela
Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), apresenta um
levantamento sobre as condições de estruturas de barragens no que diz respeito
à contenção de rejeitos e resíduos relacionados à mineração.
Das 737 barragens no estado, 14
não estariam aptas a funcionarem. Outras 23 não tiveram suas condições
concluídas. O estudo toma como critérios avaliativos dados das Declarações de
Estabilidade de Barragem, que as empresas que possuem estruturas de contenção e
rejeitos e de resíduos são obrigadas a entregar todos os anos à Feam.
Quanto às 61 barragens que
utilizam o método de alteamento à montante, 4 não tiveram a estabilidade
garantida. O método era utilizado na barragem de Fundão, de propriedade da
Mineradora Samarco, responsável pelo desastre em Mariana (MG), em novembro de
2015, considerada a maior tragédia ambiental da história do país, em que foram
liberados mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos no meio ambiente,
causando a morte de 19 pessoas.
Junto ao levantamento, foi apresentado
ainda um relatório referente às vistorias feitas no ano de 2016. Com foco
voltado para as estruturas de empresas que não vinham apresentando as
Declarações de Estabilidade da Barragem na periodicidade correta e outras que
não tiveram sua estabilidade garantida por auditores e outras com potencial de
dano ambiental, houve visitas a 309 barragens. Ao todo foram emitidos 94 autos
de fiscalização.