Em 15 dias, dois atropelamentos no Eixo Anhanguera
O trânsito na Avenida Anhanguera é intenso, e muitos acidentes ocorrem no horário de pico por lá. Apenas em 2016, foram registrados nove acidentes desse tipo, com quatro feridos
Marcus Vinícius Beck
Nos últimos 15 dias foram registrados dois atropelamentos no Eixo-Anhanguera. O último caso foi na manhã de ontem (10), quando um homem foi atropelado na faixa de pedestre da Avenida Anhanguera, no Setor Capinas, em Goiânia.
De acordo com informações do corpo de Bombeiros, a colisão aconteceu por um ônibus do Eixo-Anhanguera. O homem foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU) e encaminhado ao Hospital de Urgências do Governador Otávio Lage de Siqueiro (Hugol).
No mês passado, o pedestre Adriano Gomes Pereira, 35 anos, morreu após ser atropelado, no Setor Rodoviário, em Goiânia. Segundo relatos da polícia civil na época, o acidente aconteceu no corredor exclusivo para ônibus. A apuração da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict) apontou que Adriano atravessou a avenida fora da faixa de pedestres.
Ele teria esperado dois ônibus passarem, mas não atentou-se à direção em que trafegava e o veículo o atropelou. O acidente aconteceu no sentido bairro/centro e Adriano morreu no local. Wellington de Oliveira Moreira, 36, que era motorista do ônibus, foi submetido ao teste do etilômetro, porém, o resultado foi negativo.
Concessionária que administra o eixo da Avenida Anhanguera, a Metrobus informou que à época que “lamenta profundamente o acidente”. A empresa avaliou que o “atropelamento ocorreu fora da faixa de pedestres com o condutor do veículo estando dentro da velocidade permitida pela via, de acordo com medição feita pelo taógrafo”.
O trânsito na Avenida Anhanguera é intenso, e muitos acidentes ocorrem no horário de pico por lá. Apenas em 2016, foram registrados nove acidentes desse tipo, com quatro feridos. Apenas no Eixo-Anhanguera, cinco pessoas foram atropeladas apenas no ano passado, segundo a Metrobus.
Naquele ano, as terças-feiras foram mais intensas. No horário entre 9h e 10h foram registrados cinco feridos. Mas o horário do ‘almoço’ revela a intensidade do movimento e a falta de cuidado de motoristas e pedestres, que geralmente são consumidos pela pressa. Ainda no mesmo ano foram contabilizados três acidentes entre 12h e 13h.
Sistema
Em 2015, que é o ano que os dados compreendem, as terças-feiras foram consideradas as mais intensas. No horário entre 9h e 10h foram contabilizados três acidentes com cinco feridos. Mas o horário de almoço, onde os motoristas estão saindo de suas casas, revela intensidade de movimento, e a falta de cuidados entre os motoristas e pedestres proliferam nas vias.
No período noturno, próximo ao fim do horário de pico, entre 19h e 20h, foram registrados três acidentes sem feridos. Inclusive, um deles na sexta-feira. Ao todo, foram 22 acidentes em 2015. Sobre este ano, a Secretaria Municipal de Trânsito (SMS) não possui levantamento sobre este ano, e não conseguiu informar dados sobre 2016.