Igreja bicentenária em Pirenópolis é revitalizada
O imóvel está inserido no Conjunto Arquitetônico, Urbanístico, Paisagístico e Histórico da Cidade de Pirenópolis e é tombado pelo Iphan desde 1990
Começou nesta sexta-feira (14) o trabalho de revitalização
da pintura externa da Igreja Nosso Senhor do Bonfim, em Pirenópolis. Ao todo,
cinco pintores participam da obra. O imóvel está inserido no Conjunto
Arquitetônico, Urbanístico, Paisagístico e Histórico da Cidade de Pirenópolis e
é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
desde 1990. O trabalho faz parte das contribuições do Quinta Santa Bárbara Eco
Resort à comunidade pirenopolina.
A execução dos serviços, acompanhada pelo engenheiro civil
Newton Figueiredo Neto, responsável técnico pelas obras provisórias do resort,
terá duração de cinco dias. Antes do
início do trabalho, foi apresentado aos
técnicos do Iphan os testes de cores de tintas para certificar que a pintura
seguirá as cores atuais da Igreja.
“A revitalização da pintura da fachada, somada ao seu
excelente estado de conservação, irá contribuir com a beleza urbana da cidade”,
explica o engenheiro. A Igreja permanecerá com a cor atual, branco neve nas alvenarias
e azul claro e escuro nas molduras, portal e janelas.
A arquiteta Juliana Mesquita, sócia do empreendimento Quinta
Santa Bárbara e arquitetura responsável pelo projeto, explica que o
investimento faz parte da responsabilidade social dos empreendedores e do
compromisso do empreendimento com o desenvolvimento sustentável de Pirenópolis.
“Trata-se de um patrimônio histórico que deve ser cuidado por todos nós que
estamos na cidade”, diz. O grupo empreendedor também realizará uma obra de
infraestrutura na Rua Santa Bárbara para solucionar os problemas de alagamentos
provenientes de enxurradas.
A Igreja Nosso Senhor do Bonfim acumula 260 anos de história
e foi construída por escravos, entre 1750 e 1754. No passado, ela recebeu da
Bahia uma imagem de tamanho natural do Nosso Senhor do Bonfim, levada à
Pirenópolis por um comboio de mais de 250 escravos a mando do Sargento-Mor
Antônio José. Até hoje, é costume entre os moradores da cidade pedir a benção
do Senhor do Bonfim antes das grandes realizações, como viagens, casamentos e
manifestações religiosas, como a Festa do Divino e as Cavalhadas.