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sábado, 23 de novembro de 2024
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Viagem desmarcada

Agência de viagens London Tour acumula um prejuízo de R$ 5 milhões

A aposentada Geralda Alves teve seu pacote alterado pela companhia e não conseguiu realizar sua viagem de aniversário de 70 anos

Postado em 20 de julho de 2017 por Gislaine Xavier
Agência de viagens London Tour acumula um prejuízo de R$ 5 milhões
A aposentada Geralda Alves teve seu pacote alterado pela companhia e não conseguiu realizar sua viagem de aniversário de 70 anos

Gislaine Xavier 

Desde a última sexta-feira (14) a
agência de viagens London Tour tem sido alvo de diversas denúncias no PROCON
Goiás. De acordo com as investigações do PROCON, 500 pessoas foram lesadas pela
empresa e o prejuízo em média de cada consumidor é de R$ 15 à R$ 80 mil.

A aposentada Geralda Alves Maia é uma
das vítimas do golpe da agência de turismo. Segundo ela, toda essa história é um
grande frustração. “Na sexta-feira depois de ir à delegacia do consumidor e
tomar todas as providências senti um grande vazio e só queria chorar”, afirma
aposentada.

Em um comunicado enviado à Geralda, a agência de viagens declara que irá utilizar todos os meios para cumprir os contratos. “Estando à empresa instruída com os requisitos exigidos no art. 51 da Lei n.º 11.101/2005 faz jus ao pedido de processamento da recuperação judicial. Assim, informa a todos que estará procedendo com as medidas necessárias à recuperação da empresa, bem como ao cumprimento dos contratos (…)”. 

Geralda relata que não tem esperança de recuperar o dinheiro e está decepcionada com toda essa situação. “Acredito que ninguém vai receber o dinheiro de volta, mas dinheiro a gente ganha outro, a frustração, a decepção, a tristeza e o sonho desfeito não têm preço”, pontua aposentada.  

A também aposentada Izabel Pereira
Freitas Damaso está entre os clientes que denunciaram a empresa, ela comprou um
pacote de viagem que passaria por algumas cidades do oriente médio. “Era uma
viagem dos ‘sonhos’ iríamos para Dubai, Jerusalém e Jordânia, com maior foco em
Jerusalém, seria uma rota religiosa”, afirma Izabel.

Segundo declarações do delegado que
investiga o caso, Frederico Maciel, os proprietários da empresa estão proibidos
de deixar a capital goiana e se as investigações concluírem características de
golpe por parte da empresa, o crime ficará configurado como estelionato.

Por meio de nota, o Ministério Público de Goiás informou que tem acompanhado o caso, que foi instaurado um procedimento próprio com documentos encaminhados pelo PROCON Goiás e pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon) e ressalta que serão adotadas todas as medidas cabíveis em prol da resolução do caso, com a punição dos culpados e o devido ressarcimento aos consumidores lesados. 

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