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domingo, 24 de novembro de 2024
Estréia

TV Brasil estréia quarta temporada de Segue o Som com Anitta neste sábado (5)

Série de 32 episódios inéditos traz personalidades consagradas e artistas da nova geração

Postado em 3 de agosto de 2017 por Gislaine Xavier
TV Brasil estréia quarta temporada de Segue o Som com Anitta neste sábado (5)
Série de 32 episódios inéditos traz personalidades consagradas e artistas da nova geração

Sob comando dos músicos e pesquisadores Maurício Pacheco e Mariano Marovatto, o programa Segue o Som volta à programação da TV Brasil e estreia nova temporada com uma entrevista da cantora Anitta neste sábado (5), às 14h.

Fenômeno do funk-pop, a artista canta hits como “Bang” e “Deixa ele sofrer” durante a atração. Na conversa com Mariano, ela faz um balanço de sua meteórica carreira, recorda a infância pobre no Rio e fala sobre seu processo criativo.

Com 32 episódios de 52 minutos produzidos pela Giros, o Segue o Som recebe na quarta temporada astros da cena musical de vários gêneros como Fernanda Abreu, Ivan Lins, Dona Onete, Fernanda Takai e Biquini Cavadão, além de talentos da nova geração como o gaúcho Filipe Catto e os cariocas Filipe Ret e Monique Kessous.

O programa trabalha com uma linguagem hipertextual: mescla entrevistas, performances musicais e informações complementares sobrem os temas debatidos, além de abordar as tendências do universo da indústria fonográfica. Com um bate-papo intimista, a dupla de apresentadores investiga as relações entre os diferentes movimentos e gêneros musicais na perspectiva da cena artístical global.

Carreira internacional: singles e clipes

Com intenção de se promover no mercado internacional, a cantora Anitta lançou na última semana o clipe da música “Sua cara”. A produção foi gravada no deserto do Saara com Pablo Vittar e já é sucesso mundial com mais de 30 milhões de visualizações.

No bate-papo do Segue o Som, ela conta Mariano que prefere lançar hits isoladadamente como foi o caso em vez de produzir álbuns. “Na verdade eu não sou fã de fazer disco. Sou fã de fazer single e clipe. Disco eu faço porque a gravadora pede. Single e clipe é menos trabalhoso e mais divertido”.

Anitta explica a proposta de seu último álbum “Bang”, em que quis passear por outros gêneros musicais sem ficar presa ao funk que a consagrou. “Disco é uma canseira, mas ‘Bang’ foi um trabalho incrível, feito aos poucos. Dessa vez foi natural, levamos um ano para fazer. Nem sentia que estávamos fazendo um disco”, conta. A compositora revela ainda como surgiu a canção que dá título a esse projeto. “Primeiro veio a foto, depois a música e, então, o clipe”.

Sobre seu processo de composição, Anitta revela que pode acontecer em qualquer momento ou local, de forma orgânica. “Escrevi ‘Show das poderosas’ no meu quarto rapidinho. O refrão, depois, levei uma semana para pensar”, recorda a diva. “Já ‘Na batida’ fiz num quarto de hotel rápido também. A música ‘Assim’ escrevi na praia em 20 minutos. Vai muito da inspiração, quando surge a vontade”, pontua.

Início da carreira

No segundo bloco do programa da TV Brasil, a cantora traça um panorama sobre sua trajetória para mostrar às pessoas que os sonhos podem ser concretizados. “É difícil, mas é possível. É um trabalho árduo. Eu sei o quanto me dediquei. Tudo o que conquisto não é porque tive sorte. E isso não é para me gabar. É para estimular. Você não precisa dizer ‘nunca vou sair daqui’. A oportunidade não vai cair do céu, mas você pode ir atrás”.

Anitta lembra como ainda muito jovem, aos 17 anos, se sentiu dividida entre a carreira artística na música e a efetivação em uma empresa multinacional. “Estudei administração por três anos, passei no concurso de uma multinacional, fiquei um ano como estagiária e quando seria efetivada, no dia que ia assinar, desisti para ser cantora. Foi muito difícil tomar essa decisão”, ressalta.

Ela destaca os desafios de cada etapa durante esse processo de amadurecimento pessoal. “Eu estudava muito porque queria mudar de vida. Hoje dou uma vida melhor para minha família inteira. Abri mão de muita coisa. Parei de viver: era música, estúdio, show, pedir para cantar em um local, pedir para ouvir minha música, para tocar meu CD”.

Referências e preconceito estético relacionado ao funk

Anitta aproveita para defender o funk, considerado por alguns um gênero menor, de fácil criação. Ela explica que essa visão é muito fruto de um preconceito estético que o funk sofre por ser uma expressão da periferia.

“Eu amo o funk. Acho inteligentíssimo. É muito difícil fazer um funk que o povo goste. É uma batida que envolve e não deixa ninguém parado. É muito peculiar, diferente e precioso”, enumera no Segue o Som.

Por fim, Anitta fala de seu objetivo maior, que é passar pro seu público uma mensagem de auto-afirmarão e empoderamento. “Só eu sei o que a auto-estima fez na minha vida. Ela tem o poder de mudar você”, ressalta.

A estrela comenta também seu perfil transparente, fala que se posiciona por vezes de forma polêmica sobre questões como feminismo e que faz questão de se expor em suas vulnerabilidades e intimidade. “Eu gosto que meu público saiba a realidade”, afirma Anitta que condena os rótulos.

No término da entrevista, a cantora também lista algumas personalidades internacionais que a inspiram. Anitta cita Rihanna, “admiro quem tem coragem de assumir o que é e não se incomoda com o que o outro vai dizer”; Mariah Carey, “primeira cantora que ouvi na vida e que me ensinou a cantar, tenho todos do CDs dela” e Beyoncé, “com seu perfeccionismo e as performances que movimenta”.

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