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domingo, 24 de novembro de 2024
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Saúde

Insulina no Aqui Tem Farmácia Popular é 2,5 vezes mais cara que da rede pública

Insulina NPH custa R$ 26,55 por frasco enquanto na compra realizada diretamente pelo Ministério da Saúde é R$ 10,5, uma diferença de 152%

Postado em 18 de setembro de 2017 por Victor Pimenta
Insulina no Aqui Tem Farmácia Popular é 2
Insulina NPH custa R$ 26

O Ministério da Saúde identificou uma discrepância no preço de
aquisição de medicamentos que são distribuídos para população em diferentes
programas. Através de uma análise de custos, constatou-se que o preço pago pela
insulina NPH no “Aqui Tem Farmácia Popular” é 152% mais caro que o valor pago
pela pasta na compra centralizada para distribuição nas unidades de saúde de
todo o país. Uma reunião para discutir o cenário ocorre nesta terça-feira (19),
em Brasília, quando a indústria farmacêutica terá espaço para apresentar suas
propostas.

Enquanto se paga R$ 10,50 por frasco para abastecer o Sistema
Único de Saúde (SUS), nas farmácias privadas conveniadas ao programa o valor é
R$ 26,55. Em ambos os casos o cidadão tem acesso ao medicamento de forma
gratuita. De acordo com estudos internos, se toda a distribuição de insulina
(Regular e NPH) do país fosse adquirida pelo preço adotado na compra
centralizada, que é o menor praticado entre os programas, a economia pode
chegar a R$200 milhões por ano.

Com o recurso a mais, seria possível que o Ministério da
Saúde ampliasse a oferta do medicamento sem alterar o orçamento destinado para sua
compra. O acesso ao produto seria facilitado, já que todas as unidades da rede
de saúde poderiam distribuir.

Em média, os valores pagos pelos produtos de asma,
hipertensão e diabetes dentro do Aqui Tem Farmácia Popular estão 30% acima dos
praticados pelo mercado. A estimativa é que, quando adequados, seriam
economizados R$ 750 milhões. Assim, o custo do programa passaria de R$ 2,6
bilhões para R$ 1,85 bilhão atendendo o mesmo número de brasileiros.

Por agora, a oferta dos medicamentos do programa
Aqui tem Farmácia Popular está mantida. As negociações visam dar maior
eficiência na utilização dos recursos públicos e garantir que não haja ônus
para o SUS, além de buscar ampliar a oferta de produto e serviços da rede de
saúde. 

Foto: Reprodução

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