Trabalho da UFG converte experiência de mulheres do Cerrado em dança
​Na convivência com raizeiras, parteiras e benzedeiras de Goiás e Tocantins, professora da Universidade elaborou performance
Parteiras, raizeiras e benzedeiras
serviram como inspiração e fonte para uma pesquisa da Universidade Federal de
Goiás (UFG). As 6 personagens que vivem em comunidades tradicionais dos estados
de Goiás e do Tocantins tiveram seus ambientes analisados pela professora da
Faculdade de Educação FÃsica e Dança, Marlini Dorneles de Lima. Convivendo com
as mulheres e estabelecendo uma relação de aprendizado e de troca, a
experiência teve como resutlado a performance Entre RaÃzes, Corpos e Fé,
apresentada nesta quinta-feira (5) no Setor Itatiaia. Outra apresentação ainda
deve ocorrer no dia 21 de outubro, no Setor Sul.
O contato com as mulheres aconteceu
durante uma caminhada pela região da Chapada dos Veadeiros e em uma incursão
pela Ilha do Bananal, onde acompanhou histórias de parto, presenciou tratamento
com raÃzes e trocou informações sobre ervas e o artesanato local. Com bastante inspiração,
como a posição do parto, o cheiro da flor, o preparo do chá, a sussa (dança
Kalunga), a fogueira e modos de comportamento, fazem da performance algo
intenso.
A investigação originou ainda uma videodança, presente na tese de
doutorado Entre raÃzes, corpos é fé: trajetórias de um processo de criação
em busca de uma poética de alteridade. Ambas são uma realização do Núcleo
Coletivo 22, grupo de dança, música e teatro que trabalha em diálogo com a
cultura popular. A performance será apresentada em Goiânia nas próximas
semanas, no âmbito do evento Corpo, cultura e cidade: Coletivo 22 em
circulação.