GABRIELLA STARNECK*

O espetáculo Minha Mãe É Uma Peça reestreia com remontagem, neste sábado (7), no Teatro do Centro de Convenções da PUC, em Goiânia. A reconstituição da peça objetiva destacar a trajetória de Dona Hermínia, figura que conquistou o coração dos brasileiros e já levou mais de dois milhões de espectadores aos teatros e 15 milhões de espectadores aos cinemas de todo o Brasil com os filmes Minha Mãe É Uma Peça 1 e 2. 

A direção continua a cargo de João Fonseca, premiado diretor do teatro brasileiro e parceiro de Paulo em diversos trabalhos. Quem assina o texto e dá vida à Dona Hermínia, personagem com rara carga de humanidade, é Paulo Gustavo. O cenógrafo Zé Carratu foi o responsável pela nova ambientação da peça, e a figurinista Reka Koves se encarregou da composição do visual da personagem. A iluminação é de Marcos Olivio, e a trilha sonora renovou-se em parceria com Zé Ricardo.

O espetáculo

A temática do espetáculo – laços familiares, principalmente entre pais e filhos – contribui para aproximação e identificação do público. No entanto Paulo Gustavo vai além, e provoca a sensibilidade da plateia com um bom humor peculiar. Para incorporar essa personagem, que representa tantas mulheres espalhadas pelo Brasil, o ator traz a espantosa bagagem de suas experiências e observações domésticas, compondo com elas um espectro dos humores femininos, gestos, trejeitos, falas, atitudes e ataques que conseguem eletrizar o público. 

Em 2006, a ator decidiu montar, sozinho,  seu próprio espetáculo, o monólogo Minha Mãe É Uma Peça. Na época, ele contava com apenas três mil reais, recurso viabilizado por meio de uma ‘vaquinha’ feita entre os integrantes da sua família. Mesmo assim, convicto de que a história que Dona Hermínia tinha para contar falaria com muita gente, Paulo convence o Teatro Cândido Mendes a ceder o espaço, e convida João Fonseca para dirigir a produção, e Nelo Marrese para construir o cenário. Esse foi o primeiro passo dado pelo ator rumo ao sucesso.Em pouco tempo, o espetáculo ganhou adeptos, e as sessões passaram a ficar esgotadas. Resultado de um mero monólogo feito em um espaço cedido, a peça se desdobra em dois filmes que conquistam o coração do público.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov