Projeto mapeia impactos de inovações radicais no desenvolvimento da indústria
Inteligência artificial, internet das coisas (IoT), produção inteligente e conectada, materiais avançados e nanotecnologia são principais áreas destacadas
Um estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostra que 7 tipos de tecnologia já contabilizam impactos de ruptura em sistemas estratégicos da indústria brasileira.
Importante para a formulação de políticas públicas e estratégias para que a indústria brasileira retome o caminho do crescimento de maneira sadia, o projeto reuniu aproximadamente 40 pesquisadores brasileiros e de fora do país para que fossem identificadas 8 tecnologias de alta relevância para a indústria.
Inteligência artificial, internet das coisas (IoT), produção inteligente e conectada, materiais avançados, nanotecnologia, biotecnologia e armazenamento de energia promoveriam, de imediato, câmbios de perspectivas em relação a modelos de negócio, padrões de concorrência e em estruturas de mercado para os setores de agroindústria, química, petróleo e gás. Bens de capital, automotivo, aeroespacial e defesa, tecnologia da informação e comunicação, bens de consumo e farmacêutico também entram no cenário.
O estudo traz três tipos de classificação quanto ao impacto das tecnologias sobre os setores analisados: o moderado, para inovações que aumentam a competitividade das empresas por meio de crescente eficiência; o disruptivo, para mudanças significativas em modelos de negócio, padrões de concorrência, e/ou estruturas de mercado do sistema já estão em curso; e o potencialmente disruptivo até 2027, que analisa quando o impacto é moderado hoje e sua eventual evolução até o final do período.
A próxima etapa deverá ser divulgada até 2018, constando o detalhamento de impactos para cada setor analisado. Ainda de acordo com o levantamento, as tecnologias que possuem maiores chances de promover impactos nos anos seguintes em uma pluralidade de setores seriam a inteligência artificial, a Internet das Coisas (IoT) e a produção inteligente. O Estudo sugere ainda que até 2025, somente a inteligência artificial será responsável por movimentar US$ 60 bilhões.
Há ainda destaque para os desafios de aplicação e difusão destas inovações no Brasil, onde novos marcos regulatórios, padrões técnicos e qualificações pessoais surgem entre os principais, alertando a política em se tratando da urgência de estabelecer políticas e estratégias de ação quanto a tendências tecnológicas.