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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025
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Mianmar

HRW denuncia queima de aldeias rohingyas

A ONG utilizou imagens de satélite para identificar 288 aldeias total ou parcialmente queimadas no norte do estado de Rakhine

Postado em 18 de outubro de 2017 por Sheyla Sousa
HRW denuncia queima de aldeias rohingyas
A ONG utilizou imagens de satélite para identificar 288 aldeias total ou parcialmente queimadas no norte do estado de Rakhine

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A Human Rights Watch (HRW) denunciou, ontem (17), a queima de aproximadamente 300 aldeias da minoria muçulmana rohingya no Noroeste de Mianmar na última ofensiva do Exército iniciado após o ataque insurgente de no mês de agosto.

A ONG utilizou imagens de satélite para identificar 288 aldeias total ou parcialmente queimadas no norte do estado de Rakhine, com dezenas de milhares de estruturas afetadas, a maioria moradias habitadas pelos rohingyas.

Em um comunicado, a HRW assegurou que 90% das aldeias afetadas se concentraram no município de Maungdaw e que os incêndios queimaram moradias rohingyas enquanto deixaram intactas zonas adjacentes habitadas por budistas rakhine.

Ele também observou que pelo menos 66 aldeias foram queimadas após o dia 5 de setembro, quando o governo de Mianmar deu por concluída a “operação de limpeza” iniciada após o ataque do grupo rebelde rohingya, no dia 25 de agosto, e que, segundo a ONU, obrigou a fuga de 530 mil rohingyas para Bangladesh.

“As últimas imagens de satélite mostram o motivo que meio milhão de rohingyas fugiram para Bangladesh em apenas quatro semanas”, disse o subdiretor da HRW na Ásia, Phil Robertson.

“O Exército de Mianmar destruiu centenas de aldeias rohingyas ao mesmo tempo que cometeu assassinatos, estupros e outros crimes contra a humanidade que forçaram aos rohingyas a fugirem para salvar suas vidas”, acrescentou.

O Governo de Mianmar assegurou que a violência esteve originada por “terroristas rohingyas”, mesmo com o Alto Comissionado dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) chamando a operação militar de uma “limpeza étnica de manual”.

Antes da campanha militar, estimava-se que aproximadamente 500 mil rohingyas moravam em Rakhine, onde sofrem uma crescente discriminação desde o início da violência sectária, em 2012, que causou pelo menos 160 mortes. (Abr) 

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