Servidor ganha mais proteção contra fraudes
A criatividade de criminosos no planejamento de fraudes nos empréstimos consignados faz com que os procedimentos de segurança de informações se tornem cada vez mais complexos
*Karla Araujo
Empresas de processamento de informações e instituições financeiras estão investindo cada vez mais em recursos tecnológicos para evitar fraudes em seus sistemas. Diante da criatividade dos criminosos, procedimentos de segurança tornam-se prioridade.
O problema chegou a afetar o Ministério da Fazenda, que teve documentos de servidores clonados. Os criminosos trocaram senhas de acesso das vítimas e pediram empréstimos consignados de até R$ 300 mil.
Falhas na segurança do sistema contribuem para as fraudes. No caso do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siapenet), do Ministério da Fazenda, para trocar a senha, o servidor – ou uma pessoa que se passa por ele – precisa apenas apresentar documentos e dizer que quer mudar o código de acesso. Como o procedimento não permite comprovar que aquele que se apresenta é realmente funcionário público, é possível que pessoas de dentro dos órgãos tenham participado das fraudes.
Procedimentos
Para servidores da Prefeitura de Goiânia e do Estado de Goiás interessado em empréstimo consignado, os procedimentos de segurança de informações começam quando o trabalhador procura a Central de Atendimento, localizada na Avenida República do Líbano.
Na oportunidade, o servidor deve apresentar documento de identificação com foto – RG, CNH dentro do prazo de validade ou Carteira de Trabalho do novo modelo. Além disso, é requisitado comprovante de endereço no nome do servidor, seu cônjuge, pai ou mãe; último contracheque; e CPF.
Ao cadastrar a senha, o servidor usa um teclado digital. Com a combinação de cinco números, ele pode solicitar empréstimos em bancos. Ele também pode fazer uma senha de seis dígitos para o Portal de Consignação, ambiente em que ele tem acesso a informações exclusivas sobre o tema. No site também é possível verificar parcelas pagas e pendentes e fazer simulações de empréstimos. As informações disponíveis no portal também podem ser encontradas em um aplicativo para smartphone.
Superintendente operacional, Juliana Skaleno explica que o servidor é orientado pelo atendente quanto a importância de manter o sigilo de sua senha, que é pessoal e intransferível. “O trabalhador ainda assina um termo afirmando que esteve na central de atendimento. A assinatura, que é digital, também fica no sistema. Quando ele vai até o banco para solicitar o empréstimo consignado, a instituição compara a foto que foi tirada na central e também a assinatura”, afirma Juliana.
A superintendente explica que o procedimento é complexo exatamente com o objetivo de prevenir fraudes. “Buscamos proporcionar ao servidor facilidades sem abrir mão da segurança”, explica Juliana.
*Especial para O Hoje.