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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
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Fiscalizações

Saneago evitará racionamento de água

Promotora diz que Estatal precisa promover ações para que falta de água seja combatida no Estado

Postado em 31 de outubro de 2017 por Sheyla Sousa
Saneago evitará racionamento de água
Promotora diz que Estatal precisa promover ações para que falta de água seja combatida no Estado

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Marcus Vinícius Beck*

Com crise hídrica que assola o Estado, o Ministério Público (MP-GO) recomenda que seja colocada em prática uma série de fiscalizações para evitar o racionamento de água, em Goiás. O documento, que é assinado pela promotora Marísia Sobral Costa Massieux, sugere que se estabeleça a regulamentação do abastecimento de recursos hídricos nas regiões abastecidas pelo sistema Meia Ponte, que provê pelo menos 16 setores da Capital. Na tarde de ontem (30), o Rio Meia Ponte começou a apresentar melhora nos níveis de vazão.

Segundo a promotora, a Saneago – estatal que administra a distribuição de água no Estado – deverá promover ações para que o racionamento seja combatido. O órgão ainda terá de garantir atendimento aos que prestam serviços essenciais à população, além de assegurar melhorias no abastecimento de água. Por isso, a Saneago orienta que a população faça uso moderado das reservas domiciliares de água tratada. 

Moradora do Jardim Vila Boa, na região sudoeste de Goiânia, a estudante universitária Aymê Virgínia, 28, relata que já chegou há ficar dois dias sem água em sua residência. E, quando isso acontece, as autoridades “abastecem” a região após 72 horas, mas aí as atividades básicas do cotidiano já foram afetadas, frisa ela. “É sempre assim: dois dias sem água, e um dia com água”, queixa-se ela. De acordo com Aymê, quando a água é liberada, geralmente chega com grandes quantidades de ar, o que faz com que o hidrômetro gire e o consumo torne-se elevado, refletindo na conta, no final do mês. 

“A Saneago presta um desserviço à população, e esse desserviço nos custa caro todos os meses”, desabafa a estudante. Para ela, a estatal não possui responsabilidade, tampouco compromisso com seus clientes, o que contribui para que “esse racionamento velado continue enquanto a população não se atentar para os verdadeiros responsáveis pela falta d água”. “O problema do racionamento, como bem sabemos, não é apenas advindo do período de seca, e sim dos desvios das nascentes e rios que estão acontecendo em todo o Estado de Goiás”, pontua.

Visando assegurar mais transparência e controle da crise hídrica, a Saneago disse que vai enviar ao MP-GO um relatório semanal do plano de recuperação do racionamento. No documento, deverá conter informações sobre a situação das bacias dos municípios do Estado. Além disso, a estatal deve ainda enviar aos promotores atualizações sobre a situação de cada cidade que sofre com a falta d’água. A Saneago, ainda, chegou a apresentar ao MP lista em que contém 19 municípios do Estado que estão sendo monitorados. 

Falta de água

Em setembro, a estatal informou por meio de comunicado que iria interromper o abastecimento de água em alguns bairros de Goiânia e Região Metropolitana. A companhia justificou a decisão alegando que a seca e alta demanda por água no Rio Meia Ponte foram os responsáveis pela pouca vazão pela qual o rio passa. “Ações de fiscalização estão em andamento na bacia do Rio Meia Ponte acima do ponto de captação de água bruta”, disse a Saneago. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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