Bruna Policena*

O trabalho de Hortência Moreira faz parte das decomposições entre pintura e escultura que ocorreram após os anos 1960 na arte contemporânea. Com assimilações múltiplas de colagens, fotografias, citações e apropriações de imagens, materiais e objetos, as obras da artista desdobram-se em assemblages de matérias e objetos precários, assim como imagens da precariedade coletadas no íntimo e no público de nossas realidades urbanas. Em sua mostra Entre Lugares – aberta nesta terça-feira (7) no Centro Cultural Cora Coralina –, a artista apresenta uma cartografia dos olhares múltiplos para o urbano em pleno devir. Entretanto, mais do que um itinerário à deriva, o trabalho de Hortência realiza-se em trânsitos que se dão entre a multiplicidade dos espaços urbanos que percorre e o ateliê, lugar em que a artista funde novos lugares.

As obras fazem parte das decomposições entre pintura e escultura que ocorreram após os anos 1960 na arte contemporânea. Com assimilações variadas de colagens, fotografias, citações e apropriações de imagens, o trabalho da Hortência desdobra-se em um conjunto de matérias e objetos que remetem a precariedade coletada no íntimo e na realidade urbana.

Hortência Moreira nasceu em Goiânia. É graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), com pós-graduação em Arte Contemporânea e mestrado em Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás (UFG). A artista participou de coletivas de pintura e desenho em vários espaços culturais em Goiânia – como a Casa Grande Galeria de Arte (2001), coletiva Octo Marques (2005/2006), Galeria Marina Potrich (2006), Galeria Frei Confaloni (2007) e também em São Paulo, na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP -2004).

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da 

editora Flávia Popov