Indústria goiana transforma e conquista forte participação no setor nacional
Em 2014, Goiás era o nono maior VA industrial, representando 2,94% do País
O crescimento e diversificação
das atividades em Goiás, especialmente em período mais recente, não se deram de
maneira espontânea, mas, sobretudo, através de políticas creditícias e fiscais
arrojadas do Governo do Estado. Destacam-se os programas Fomentar/Produzir, as
linhas de crédito oferecidas pela Agência de Fomento, a melhoria da
infraestrutura como estradas, redes de energia, água/esgoto e de
telecomunicações e outros benefícios, que têm servido como um diferencial para
atrair importantes empresas para o território goiano.
Essa é uma das conclusões do
estudo “A indústria em Goiás: uma análise em perspectiva histórica”, realizado
pelos pesquisadores Sérgio Borges Fonseca Júnior e Eduiges Romanatto, da
Gerência de Sistematização e Disseminação de Informações Socioeconômicas do
Instituo Mauro Borges, da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan).
Foram analisados os anos entre
1947 a 2015, constatando ao longo dos anos uma clara modificação de perfil da
indústria goiana, passando-se de atividades bastante triviais, que se resumiam
ao processamento, em níveis básicos, de alimentos e animais, para uma estrutura
industrial mais contemporânea.
A comparação de estatísticas
pontuais mostra que o Estado de Goiás apresentava o segundo menor valor
agregado industrial (VA) dentre as Unidades federativas em 1947, o que
representava 0,32% do porcentual industrial nacional. Em 2014, Goiás era o nono
maior VA industrial, representando 2,94% do nacional.
Entre 2002 a 2014, Goiás
continuou ampliando a sua atividade industrial tendo crescimento real do valor
da transformação industrial de 6,7% ao ano em boa parte do período, taxa bem
superior à registrada nacionalmente (2,5%).
A superintendente do IMB, Lillian
Prado, lembra que esse avanço da indústria goiana nas últimas décadas, levou o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a incluir o Estado no
painel de sua pesquisa industrial. Goiás passou a ter indicadores para os
principais segmentos industriais a partir de 2003, fato que possibilitou o
acompanhamento do desempenho da indústria goiana mensalmente desde então.
Foto: Angela Scalon