Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que cada brasileiro,
em média, gerou o equivalente a 383 kg de lixo no ano de 2012, 1,3% a mais que
em 2011. A entidade também revelou que 24 milhões das 64 milhões de toneladas
de resíduos gerados em 2016 seguiram para destinos inadequados, o que daria
para encher 168 estádios do Maracanã.

No Estado de Goiás, o lixo produzido em 2015, segundo
pesquisa da Abrelpe com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
era de mais de seis mil toneladas por dia.

Em Goiânia, são produzidas 33.566 toneladas de resíduos
orgânicos por mês, o equivalente a cerca de mil toneladas por dia, segundo
informações da Técnica em Levantamento de Dados, Janaina Cavalcante, da Companhia
de Urbanização de Goiânia (Comurg). Ela informa ainda que uma boa medida para
diminuir o impacto ambiental urbano é a intensificação da coleta seletiva.

De janeiro a setembro de 2017, a coleta seletiva de Goiânia
recolheu em toda a cidade duas mil toneladas e meia por mês, mais de 84
toneladas ao dia. “Hoje é recolhido um total de 7,7% em toda Goiânia e levado
para 15 cooperativas espalhadas por toda cidade” ressalta Janaina.

Parcerias

Parcerias entre os setores públicos e privados são
necessárias para destinação final adequada dos resíduos gerados. Em Goiânia, um
exemplo do que acontece é a parceria entre Prefeitura e as 15 cooperativas que
fazem a separação do reciclado.

A Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável (Coper-Rama)
é uma das que recebe os resíduos e chega a reciclar 70 toneladas de papel
(papelão, papel misto e papel branco). De acordo com a presidente da
cooperativa, Dulce Helena do Vale, a entidade tem 32 cooperados que ganham em
média R$ 900 reais. “Todos têm que fazer sua parte, começando em casa a fazer a
separação dos recicláveis e dar destinação correta para estes materiais”.

Confira neste link o dia em que a coleta seletiva passa no
seu bairro. 

Foto: Luciano Magalhães