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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Saúde

Mitos e verdades sobre diabetes e sua relação com a Vitamina D

Aumento de apetite e sede, cansaço, perda rápida de peso e alteração na visão podem ser sinais de alerta para diabetes

Postado em 12 de novembro de 2017 por Victor Pimenta
Mitos e verdades sobre diabetes e sua relação com a Vitamina D
Aumento de apetite e sede

Mais de 16 milhões de brasileiros adultos possuem diabetes,
sendo que cerca de ½ desses indivíduos desconhece portar a doença entre 5-10
anos antes do diagnóstico, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O
diabetes tipo 2 (DM2), cuja evolução é silenciosa por vários anos, tem entre
seus principais desafios o diagnóstico precoce. 

Aumento de apetite e sede,
cansaço, perda rápida de peso e alteração na visão podem ser sinais de alerta
para diabetes, explica o endocrinologista do Hospital Albert Einstein e membro
titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Frederico Maia.
Além do diagnóstico, prevenir e controlar a doença, mantendo a saúde em dia
também são pontos relevantes. Pensando nisso, o especialista selecionou mitos e
verdades que ajudarão a desmistificar esse mal crônico, ainda sem cura.

 •Existe pré-diabetes? VERDADE

O estado de pré-diabetes é a fase anterior ao diagnóstico do
Diabetes tipo 2, definido por uma hemoglobina glicada acima do ideal máximo de
5.6%. O pré-diabetes, assim como o DM2, acontece quando há uma alteração no
mecanismo de controle dos níveis de açúcar no corpo, feito pelo do pâncreas.
Com isso, surge resistência à insulina, hormônio essencial do nosso organismo
para controlar o açúcar do sangue. 

Um dos principais fatores de risco para essa
condição é o ganho de peso aliado ao sedentarismo e dieta inadequada. Embora
mais comum em indivíduos acima de 45 anos, atenção especial deve ser dada às
crianças e adolescentes acima do peso, já que os índices de pré-diabetes e DM2
tem aumentado progressivamente. Para saber como está seu índice glicêmico,
busque orientação médica. Lembre-se que esta é a única fase em que a doença
ainda pode ser revertida ou ao menos retardada.

• Há apenas dois tipos diferentes de diabetes? MITO

O diabetes, de forma geral, pode ser classificado em tipo 1 e
tipo 2. O primeiro tem base genética, de natureza autoimune, ocorrendo uma
destruição progressiva das células produtoras de insulina no pâncreas. É mais
frequente em crianças e adolescentes, sendo indicado como tratamento imediato a
reposição do hormônio insulina. 

Já o tipo 2, ocorre em indivíduos que produzem
a própria insulina, mas o organismo não utiliza da forma correta, sobretudo
devido ao excesso de peso e resistência à ação da insulina no organismo.
Geralmente, ocorre em indivíduos com 
predisposição genética somada aos hábitos de saúde inadequados.

A doença ainda pode surgir na forma Latente Autoimune do
Adulto (LADA); durante a gestação; induzidas por medicações como corticoides
por longos períodos; bem como quando há fatores de riscos associados, como:
sobrepeso e obesidade, idade avançada, ovários policísticos, histórico de
diabetes na família e hipertensão na gestação.

De acordo com estudos recentes, estima-se que entre 62% a
76% das crianças e adolescentes possuem deficiência de Vitamina D (com níveis
de 25OHVD abaixo de 20ng/ml) e apresentaram maiores níveis de insulina no
sangue, caracterizando o estado de resistência insulínica em cerca de metade
dos casos, explica o Dr. Frederico Maia.

• Vitamina D pode prevenir o diabetes e reduzir a mortalidade
nesse grupo de indivíduos? VERDADE

A vitamina D pode ser utilizada como forma de prevenção para
várias doenças e entre elas está o diabetes. Crianças recém-nascidas que usaram
doses de vitamina D3 mais elevadas que o de costume (2000 ui ao dia em
comparação com as 600 ui geralmente prescritas por pediatras) tiveram um risco
de cerca de 30% menor para o aparecimento de diabetes tipo 1.7 As pessoas que
têm contato com o sol ou suplementam vitamina D têm 80% menos de chance de ter
diabetes tipo 1 comparado com alguém que não teve contato com o sol.

Já um estudo publicado em uma das mais
importantes revistas científicas em diabetes, a Diabetes Care, acompanhou quase
300 indivíduos com Diabetes tipo 2 por cerca de 15 anos, de idade média de 54
anos. Os autores notaram um aumento significativo de mortalidade geral e por
doença cardiovascular em pacientes com diabetes tipo 2 e baixos níveis de
Vitamina D (abaixo de 35ng/ml).6 O
especialista chama atenção para a necessidade de se investigar os níveis de
vitamina D em crianças, adolescentes e adultos de risco (acima do peso e
resistência insulínica), bem como, o diagnóstico de DM2, para se estabelecer o
tratamento adequado. 

Com informações da OMS. (Foto: Reprodução/Tua Saúde)

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