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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Repressão

Sem fiscais, ambulantes continuam nos terminais

Apreensivos pela iminência de uma nova “batida” da policia, ambulantes dizem que, de agora em diante, vai ficar mais complicado ganhar a vida

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 8 de dezembro de 2017
Sem fiscais
Apreensivos pela iminência de uma nova “batida” da policia

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Marcus Vinícius Beck*

Mesmo após repressão aos vendedores ambulantes que atuam nos terminais do Eixo Anhanguera, o comércio informal seguiu firme e forte na tarde de ontem (5), pelos terminais da região leste de Goiânia.  Mas o assunto mais comentado entre os ambulantes seguiu sendo a preocupação de ser surpreendido por algum guarda, o que aconteceu aos montes na última quarta-feira (6). Como se não houvesse quaisquer chances de ameaça policial, cigarros, óculos e alimentos eram vendidos despreocupadamente nos terminais. 

No entanto, alguns ambulantes chegaram a reclamar de que a ação da polícia era “desproporcional”. Segundo eles, nem todos os vendedores são “barra-pesada”. É o caso, por exemplo, de Elmira Pereira, 51, que trabalha há um ano e meio no terminal Novo Mundo. Cardíaca, ela afirma que tira alguns “trocados” para comprar seus medicamentos por meio dos utensílios femininos que vende ao lado de um guichê logo na entrada do terminal.  Ela conta que alguns conhecidos estavam no terminal Padre Pelágio anteontem quando aconteceu a repressão.

“Creio que as autoridades poderiam cobrar uma quantia para que possamos explorar comercialmente o terminal”, argumenta Pereira, que já assistiu várias batidas policias no terminal Novo Mundo, desde que começou a trabalhar no local. Para ela, que chegou a assistir colegas irem à cadeia, a única palavra que está na ponta da língua dos vendedores no momento é resistir. Muitos, inclusive, tiram dali dinheiro para sobreviver. “E como vai ficar de agora em diante?”, indaga Pereira. 

Por meio de nota, a Rede Mob, consórcio que administra os terminais da Capital, afirma que o comércio ambulante é um problema público que requer bastante atenção. Para a empresa, a venda contribuiu para que haja maior incidência à criminalidade. “Dificulta muito a realização do serviço do transporte coletivo”, declara o consórcio. “Inclusive, foram encontrados armas brancas em alguns camelos”, explica a empresa responsável por administrar os terminais. 

A empresa, ainda, declarou que os grupos que vendem seus produtos ilegalmente nos terminais podem possuir ligações com as práticas criminosas que vem ocorrendo no local. 

Praça da Bíblia

Se a situação estava aparentemente sobre controle no terminal Novo Mundo, o mesmo não se pode dizer da Praça da Bíblia. Lotado de ambulantes, o terminal enfrenta vários tipos de problemas por conta da presença deles. De acordo com um funcionário da Rede Mob, que optou pelo anonimato por medo de futuras represálias, muitos ambulantes que perambulam pelo terminal são ex-presidiários, o que gera insegurança à população. “O tráfico de drogas corre solto por aqui”, admite. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)  

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