A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) divulgou no início de dezembro a análise do mercado imobiliário referente ao período entre janeiro e outubro de 2017, com projeções para o fechamento do ano. A pesquisa mostra que o setor segue o ritmo de retomada, mantendo o crescimento de vendas e a redução de distratos.

As vendas representam um crescimento de 18%, já que, no primeiro decamestre de 2017, o número de unidades vendidas já é maior que em todo ano de 2016 – são 4.248 vendidas entre janeiro e outubro deste ano, e o número total do ano passado é 4.209. A projeção para 2017 é que serão mais de 5.100 unidades vendidas. Para o presidente da Ademi-GO, Roberto Elias, os números representam um parâmetro cada vez mais otimista do setor. “Desde o início do ano temos nos surpreendido positivamente com resultados, o que demonstra uma reação decisiva do mercado imobiliário para superar e deixar a crise para trás. Agora, já podemos dizer que ele está reconquistando sua tranquilidade e confiança”, afirma.

O V.G.V (Valor Geral de Vendas) de vendas brutas já aponta um crescimento de 30% em relação ao ano passado – a média mensal até outubro de 2017 é R$ 292 milhões, e a de 2016 é R$ 224 milhões – sendo que a média mensal já supera, inclusive, o valor de 2015, que fechou em R$ 289 milhões. Os números também aumentam em relação às vendas líquidas, ou seja, as vendas brutas decrescidas dos distratos, projetando, para dezembro, R$ 2,3 bilhões; o valor do ano anterior é de R$ 1,1 bilhão. Observando a média mensal das vendas líquidas, tem-se crescimento de 112,5%, de R$ 88 milhões em 2016 para os R$ 187 milhões em 2017.

O número distratos, ao contrário das vendas, sofreu queda significativa, e apresenta 41% de redução em relação a 2016. Nas unidades residenciais, a porcentagem é ainda maior, com 78% de redução dos distratos. Só em 2016, houveram 2.224 distratações, e, neste ano, até o período analisado, o número de distratos é 1.251. O vice-presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk, o aumento nas vendas e redução de distratos se dá em função de diversos fatores, dentre eles o aumento da confiança do consumidor e o aumento dos bancos na concessão de crédito. “A perspectiva é que o cenário continue melhorando, devido à queda na taxa de juros”, reitera.

Outros números que chamam atenção na pesquisa são aqueles que se referem à redução de lançamentos e estoque. Em relação a 2016, houve redução de 23% nos lançamentos; contexto que, associado ao aumento de vendas e queda de distratos, implicou diretamente na diminuição do estoque em unidades. Este último, por sua vez, apresentou queda de 9,5% entre outubro de 2016 e o mesmo mês em 2017.