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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Poesia em forma de música

Musical sobre Clara Nunes ocorre neste domingo em Goiânia

Deixa Clarear, Musical sobre Clara Nunes que mistura música e poesia na construção de um olhar sobre a cantora e sua carreira

Postado em 18 de janeiro de 2018 por Kamilla Lemes
Musical sobre Clara Nunes ocorre neste domingo em Goiânia
Deixa Clarear

Neste domingo (21), Goiânia recebe o espetáculo Deixa Clarear, Musical sobre Clara Nunes. O evento será apresentado no Teatro PUC, às 18h, com apoio local do Grupo Topbrasil e Cultura do Riso. O valor é de 80 reais a inteira e 40 a meia.

O musical mistura música e poesia na construção de um olhar sobre a cantora Clara Nunes (interpretado por Clara Santhana) e sua carreira que busca incentivar a juventude a valorizar a música brasileira e suas raízes genuínas. “Nossa ideia é apresentar o legado da cantora para as novas gerações”, explica Clara Santhana, idealizadora do projeto e apaixonada pela obra da cantora mineira. Ela se apresenta acompanhada por um quarteto de violão, cavaco, percussão e sopros.

No repertório estão clássicos de grandes compositores como “O canto das três raças” (Paulo Cesar Pinheira e Mauro Duarte, “Na linha do mar”, Paulinho da Viola, “Morena de Angola”, Chico Buarque, “Um ser de luz”, João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro e Mauro Duarte, “O mar serenou”, Candeia, entre outras.

Breve sobre Clara Nunes

Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, mais conhecida como Clara Nunes, nascida em Minas Gerais, no município de Paraopeba em 12 de agosto de 1942. Foi cantora brasileira, considerada uma das maiores e melhores intérpretes do país. Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara também viajou para muitos países representando a cultura do Brasil. Conhecedora das músicas, danças e das tradições afro-brasileiras, ela se converteu à umbanda e levou a cultura africana para suas canções e vestimentas. Clara Nunes foi uma das cantoras que mais gravou canções dos compositores da Portela, sua escola do coração. Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam discos.

No dia cinco de março de 1983, Clara Nunes se submeteu a uma aparentemente simples cirurgia de varizes, mas a cantora acabou tendo uma reação alérgica a um componente do anestésico. Clara sofreu uma parada cardíaca e permaneceu durante 28 dias internada na UTI da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. Neste ínterim, a cantora foi vítima de uma série de especulações que circulavam nos meios de comunicação sobre sua internação, entre elas inseminação artificial, aborto, tentativa de suicídio.

Na madrugada do sábado de Aleluia de 2 de abril de 1983, a poucos meses de seu 41º aniversário, Clara foi declarada morta em razão de um choque anafilático. A sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro na época foi arquivada, o que geraria por muitos anos suspeitas sobre as causas da morte da cantora. O corpo da cantora foi velado por mais de 50 mil pessoas na quadra da escola de samba Portela. O sepultamento no Cemitério São João Batista foi acompanhado por uma multidão de fãs e amigos. Em sua homenagem, a rua em Oswaldo Cruz onde fica a sede da Portela, sua escola de coração, recebeu seu nome (antiga Rua Arruda Câmara).

  

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