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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Nova gestão

Municípios devem gerir pontos de ônibus

Proposta foi feita pelo presidente da CMTC e aprovada na última segunda-feira (22) em reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo

Postado em 24 de janeiro de 2018 por Sheyla Sousa
Municípios devem gerir pontos de ônibus
Proposta foi feita pelo presidente da CMTC e aprovada na última segunda-feira (22) em reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo

Gabriel Araújo*

Em reunião realizada no Paço Municipal na última segunda-feira (22), foi definida a transferência da gestão dos pontos de ônibus da Capital e Região Metropolitana para os municípios. A administração, antes da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), passa agora a ser de responsabilidade dos municípios onde os pontos estão localizados. Essa foi uma das três propostas aprovadas na reunião, que também autorizou um estudo que busca privatizar a administração dos terminais da região.

Durante a coletiva de imprensa realizada após a reunião, que também definiu o novo valor das passagens cobradas pelo transporte coletivo, o presidente da CMTC, Fernando Meirelles, disse que os 19 municípios que integram a rede de transporte coletivo da Região Metropolitana não contribuem com a estrutura desses locais. “Nada mais justo que cada município ter a manutenção, a conservação e a construção de seus abrigos”, completou.

Novo valor

A Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) definiu na última segunda-feira (22) o novo valor da passagem cobrada pelas empresas do transporte coletivo da capital e região metropolitana, que passa a ser vendida por R$ 4. A expectativa inicial era de um aumento de 35 centavos, com o valor do bilhete passando de R$3,70 para R$ 4,05. O novo valor passa a valer a partir desta quarta-feira (24).

O último aumento havia ocorrido em fevereiro de 2016, quando o valor da passagem passou de R$ 3,30 para R$ 3,70. No ano passado, o Governo do Estado assumiu parte do pagamento dos benefícios com o objetivo de evitar o reajuste no valor por um ano.

Questionado sobre a qualidade do transporte, Fernando Meirelles, presidente da CMTC, afirmou que ações estão sendo feitas e novas linhas e ônibus entrarão em funcionamento já no primeiro semestre deste ano. Mesmo sem definir uma data, ele concluiu afirmando que haverá uma substituição de veículos.

Protestos

Após o reajuste da passagem do transporte coletivo, o Movimento Contra Catraca (MCC) prevê ações de protesto contra o aumento. A primeira mobilização do grupo vai ser uma panfletagem no Terminal da Praça da Bíblia, nesta quarta-feira, dia em que o novo valor vai entrar em vigor.

Segundo um integrante do grupo, a panfletagem busca conscientizar a população e mobilizar as pessoas para próximas ações realizadas pelo grupo. Ainda foi apurado que a partir de segunda-feira (29), haverá deliberações acerca dos novos passos a serem tomados e que, possivelmente, a partir desta data novos protestos serão organizados e divulgados.

Na última sexta-feira (19), o grupo se reuniu e realizou um protesto na Praça da Bíblia. O protesto que, segundo o movimento, contou com cerca de 300 pessoas, estava marcado para a mesma data da reunião com os onze integrantes da CDTC, para discutir o aumento da passagem para o valor inicialmente previsto para R$ 4,05, pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). 

Ação contra presidente da CMTC

Ainda na última segunda-feira (22) o Ministério Público do Estado De Goiás (MPGO) entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o presidente da CMTC, Fernando Meirelles, por ter se omitido em seus deveres funcionais. No período de seu mandato, com pouco mais de um ano, deveriam ter sido exigidas das empresas a devida execução dos contratos de concessão. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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