Inserir a caminhada na rotina merece cuidados e atenção com a saúde
Para ortopedista, a mudança de hábito deve ser feita sempre com cuidado e atenção para alguns sinais do corpo
Deixar o carro na garagem e optar pela caminhada é uma boa
opção tanto para a saúde quanto ao meio ambiente. A mudança de hábito, porém,
deve ser feita sempre com cuidado e atenção para alguns sinais do corpo. De
acordo com o ortopedista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Agnaldo de
Oliveira Jr., a primeira atitude é passar por uma consulta médica a fim de
conferir o estado de saúde.
Com a liberação do médico, o próximo passo deve ser quanto
ao calçado escolhido para as caminhadas diárias. Até mesmo os trajetos mais
comuns, como ir ao trabalho, nunca devem ser feitos com um sapato de salto ou
social, como alerta o médico. A melhor opção é o tênis.
“Quando se usa salto, a musculatura atrás da perna fica
retraída, encurtando o músculo. Ao tirar o calçado, a pessoa vai sentir dor
também na coxa e na coluna”, afirma o médico. Assim como os sapatos de
salto, Oliveira explica que os sociais também machucam por não serem
confortáveis.
Mesmo com a escolha certa do sapato, o novo hábito pode
desencadear ainda dores em função da retração muscular provocada pela falta de
alongamento. A partir do momento em que o incômodo chega aos pés, é hora de
procurar um especialista.
“Se isso ocorrer, é mais provável que seja causado por
um problema de deformidade ou muscular. Neste caso uma palmilha tende a
resolver”, diz o especialista. Outro sinal importante para detectar
algumas complicações é observar o desgaste do sapato.
“Ao constatar qualquer modificação no formato do
sapato, procure um médico para verificar se há uma deformidade no pé ou se é
preciso somente colocar uma palmilha”, pontua o ortopedista.
Apesar destes sintomas nada agradáveis, a caminhada não deve
ser excluída da rotina. “Não pare com as caminhadas. As dores são
provisórias e podem ser amenizadas com o uso de sapato adequado, palmilha ou
fisioterapia”, salienta.
Foto: Reprodução