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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Em Goiás

Fiscais do Inmetro são investigados por irregularidades durante fiscalização

A operação apura suposto recebimento de propina, para que os fiscais não multassem os proprietários dos postos, onde os combustíveis estariam adulterados

Postado em 6 de fevereiro de 2018 por Kamilla Lemes
Fiscais do Inmetro são investigados por irregularidades durante fiscalização
A operação apura suposto recebimento de propina

A Polícia Civil e Polícia Federal realizam nesta terça-feira, dia 6, uma operação para combater crimes de corrupção no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) de Goiás. De acordo com a PF, são cumpridos 17 mandados de prisão em Goiânia e cinco cidades do estado. Entre os alvos estão fiscais do órgão e empresários.

A Operação Fiel da Balança foi deflagrada nesta madrugada na capital, Inhumas, Caturaí, Pires do Rio, Caldas Novas, e Aparecida de Goiânia. Segundo a Polícia Federal, a investigação identificou fiscais do Inmetro recebendo propina de donos de postos para omitirem a adulteração na venda de gasolina e álcool em alguns estabelecimentos, que ofereciam quantidade do produto inferior à paga pelo consumidor.

Conforme informações divulgadas pela PF, foi determinado pela Justiça Federal o afastamento do exercício da função do superintendente Regional do Inmetro em Goiás, André Abrão, suspeito de obstruir as investigações.

Segundo a corporação, cerca de 60 policiais das duas instituições cumprem quatro mandados de prisões temporárias expedidos pela Justiça Federal, contra fiscais do instituto, além de 13 expedidos pela Justiça Estadual contra donos de postos, mecânicos de bombas de combustíveis.

Os presos na operação devem ser levados para a Superintendência da Polícia Federal em Goiás, que fica no Setor Bela Vista, na região sul de Goiânia. ‘Pesos e Medidas’

De acordo com a Polícia Federal, a força-tarefa deflagrada nesta manhã é um desdobramento da Operação Pesos e Medidas, que prendeu dez pessoas em outubro do ano passado, suspeitos de receber propina de empresários durante a fiscalização em postos de combustíveis no estado.

Segundo a PF, os investigados deveriam fazer testes de volumetria nos bicos das bombas de combustível dos postos para evitar prejuízos aos consumidores. No entanto, a partir da investigação, constatou-se que, além de receber propina para fazer vistas grossas na fiscalização, os servidores realizavam inspeções em alguns estabelecimentos, a mando de donos de postos, para dificultar a concorrência.

(Foto: Reprodução)

 

 

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