Primeiro comboio de ajuda desde aumento de ataques entra em Guta Oriental
Essa é a primeira carga de ajuda a esta zona desde a intensificação dos ataques por parte das autoridades sÃrias e de seus aliados em 18 de fevereiro. Cerca de 27, 5 mil pessoas vão receber amparo
Um comboio humanitário entrou nesta segunda-feira (5) em Guta Oriental, o principal reduto opositor dos arredores de Damasco. Essa é a primeira carga de ajuda a esta zona desde a intensificação dos ataques por parte das autoridades sÃrias e de seus aliados em 18 de fevereiro.
O Escritório de Coordenação Humanitária da ONU (Ocha) na SÃria informou no Twitter que a caravana estava entrando em Duma, a maior cidade de Guta Oriental, com assistência médica e alimentar para 27,5 mil pessoas.
O comboio foi organizado pela ONU, pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) e pelo Crescente Vermelho da SÃria.
O OCHA denunciou que “não foi permitida a carga de muitas provisões sanitários para salvar vidas”, sem oferecer mais detalhes.
Anteriormente, o CICR tinha anunciado em um tweet que o comboio, composto por 46 caminhões, dirigia-se a Guta Oriental e que tinha chegado à zona da Al Wafidin.
Esta área separa Guta Oriental, sob o domÃnio de facções islâmicas e rebeldes, das partes sob o controle das forças governamentais nos arredores de Damasco.
Ontem, a ONU anunciou que tinha intenção de distribuir ajuda humanitária na segunda-feira em Duma.
Em um comunicado, o Ocha explicou que o comboio ia consistir em 46 caminhões com provisões alimentares e médicos com assistência para 27,5 mil pessoas.
O próprio coordenador humanitário do Ocha na SÃria, Ali al Zaatari, lidera este comboio.
O Ocha assegurou que recebeu autorização para repartir assistência a um total de 70 mil pessoas em Guta Oriental e que recebeu garantias que, após o dia de hoje, poderá ter acesso de novo à zona em 8 de março.
O comboio de hoje é o primeiro que chega à região assediada desde 14 de fevereiro.
Guta Oriental é desde 18 de fevereiro alvo de bombardeios da aviação sÃria e russa, bem como da artilharia governamental, que causaram a morte de pelo menos 695 pessoas, de acordo com a última contagem do Observatório SÃrio de Direitos Humanos.
Informações Agência Brasil. (Foto: Reprodução)