América Latina crescerá em média 2,6% entre 2018 e 2020
Ritmo de crescimento da América Latina será baixo após dois anos de recessão. Espera-se que o México cresça 2,7% nesse triênio e que o Brasil avance 2%
A América Latina e o Caribe crescerão em média 2,6% entre
2018 e 2020, abaixo do crescimento global, devido aos baixos níveis de
investimento e produtividade, indicou nesta sexta-feira (23 o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) ao apresentar seu relatório
macroeconômico.
Embora a América Latina vá voltar a crescer após dois anos de
recessão, o fará a um ritmo muito mais baixo do que o de outras regiões, como a
Ásia e a Europa emergente, que projetam um crescimento de 6,5% e 3,7%,
respectivamente, nesse mesmo período, diz o banco.
Expansão desigual
A expansão latino-americana, no entanto, é desigual:
espera-se que o Cone Sul (excluindo o Brasil) apresente um índice de
crescimento de 2,9% entre 2018 e 2020, que o México cresça 2,7% nesse triênio e
que o Brasil avance 2%.
“A boa notícia é que a maior parte da região voltou a
crescer”, disse José Juan Ruiz, economista-chefe do BID, ao informar a
primeira parte do relatório no marco da assembleia anual da organização,
realizada esta semana em Mendoza (Argentina).
Ruiz apontou contudo que “o crescimento não é suficientemente
veloz para satisfazer as demandas da crescente classe média” e ressaltou
que “o maior desafio é aumentar os níveis e a eficiência dos investimentos
para que a região se torne mais produtiva, cresça de maneira mais veloz e
estável e resguarde a região de ‘choques’ externos”.
A reunião anual da instituição financeira pan-americana, que
se estenderá até o próximo domingo, conta com a presença de centenas de líderes
econômicos e políticos da região.
Fonte: Agência Brasil e Agência EFE. (Foto: Reprodução/Internet)