Após surto, doações ao Hospital Vila São Cottolengo caem 70%
Instituição filantrópica pede ajuda para repor materiais. Administração informa que precisa desde alimentos a produtos de higiene
Após o surto de H1N1 no Hospital Vila São Cottolengo, o número de doações caiu 70%, e o estoque da unidade está em situação crítica. Os diretores da unidade acreditam que o motivo é o medo dos doadores de se contaminarem. Apesar desse receio, os administradores afirmam que não há risco. Segundo a administração, a instituição precisa de doações de alimentos a produtos de higiene (veja como ajudar no fim do texto).
“A situação é crítica em termos de doação. A gente está se mantendo pelo pouco estoque que a gente tinha e com as poucas doações que recebemos nos últimos dias. Apesar disso, graças a Deus, a gente ainda não teve situação de falta do básico”, explicou a enfermeira Lidiane Castro Figueiredo, presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
A Vila São Cottolengo abriga, atualmente, 316 pessoas com comprometimento da saúde mental e motora. De 24 de fevereiro a 5 de março, 57 internos adoeceram, sendo que sete morreram em uma semana. Logo depois, ocorreram mais duas mortes por H1N1.
Outros dois seguem internados em hospitais da capital até este domingo (25). Um deles se trata de um homem de 50 anos que está em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). O paciente está sedado e respira por aparelhos.
Sem risco de contaminação
Lidiane acredita que as doações reduziram de dez para três por dia devido ao medo das pessoas de se contaminarem com H1N1. No entanto, segundo a enfermeira, não há risco.
“Não existe risco, as pessoas são bem orientadas. Há uma pessoa responsável por receber, não tem contato dentro da instituição, com os pacientes, as visitas estão suspensas”, disse a enfermeira.
Os pacientes precisam de alimentos, produtos de higiene pessoal e fraldas descartáveis, preferencialmente, de tamanho G ou GG. Após a redução de doações, Lidiane conta que os internos não recebem, entre outros itens, frutas.
“Não ficaram sem comer, mas houve redução na variedade de alimentos. Eles já são tão limitados, são pacientes com sensibilidade. Então, a gente buscar dar o máximo de qualidade de vida a eles”, ressaltou.
Fonte: G1 Goiás