Defesa de PM que matou jornalista pede exame de insanidade mental
Laudo aponta que PM tem quadro gravíssimo de “fabulações” e alucinações”
Os advogados de defesa do policial militar Djalma Gomes da
Silva, um dos cinco indiciados por planejar e assassinar o cronista
esportivo Valério Luiz, em 5 de julho de 2012, solicitaram junto a justiça que o acusado seja submetido a exames psicológicos pela junta médica do Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).
A defesa do PM afirma que Djalma Gomes da Silva já havia sido julgado
pela Junta Central de Saúde sendo considerado incapaz de prestar os serviços
como policial militar, tendo inclusive, retirado o porte de arma do acusado. No
entanto, foi constatado que Djalma da Silva só começou a ser acompanhado em 28
de novembro de 2014.
Nesse meio tempo, também foi apurado que o policial militar
esteve por pelo menos duas vezes internado em uma clínica psiquiátrica. Uma
delas, foi antes de ser afastado definitivamente das ruas e outra
depois do assassinato do jornalista.
O laudo médico de
Djalma Gomes da Silva afirma que o policial militar tem um diagnóstico de “transtorno
delirante persistente, com alucinações visuais e auditivas, associado à
irritabilidade, crises de disforia intensa, delírios”. Foi esse diagnóstico feito
pelo neurologista e psiquiatra Leonardo da Silva Prestes que serviu de base para
o pedido junto a 2° Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida, em favor do PM
acusado.
O mesmo laudo é utilizado em processos de “incidente de
insanidade mental” por outros dois crimes. “Um na Auditoria Militar por lesão
corporal e outro no interior (de Goiás) por tortura.”
Para o filho do radialista assassinado, o advogado Valério
Luiz Filho, o pedido de “incidente de insanidade mental muda à tese defensiva
de negativa de autoria para inimputabilidade, ou seja, em uma indireta
confissão do crime”.
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