Mais 170 leitos serão disponibilizados para pacientes com H1N1
Medida busca melhorar o atendimento aos pacientes que sofrem com a epidemia na região.
Gabriel Araújo*
Serão disponibilizados mais 170 leitos para pacientes que sofrem com a gripe H1N1 em Goiânia. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a medida visa melhorar o atendimento e diminuir o risco de morte pela doença. A vacina deve chegar à Capital esta semana.
De acordo com a Secretaria do Estado da Saúde (SES) os casos de gripe A, causados pelo vírus H1N1, aumentaram 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o adiantamento da campanha nacional de vacinação na região, o órgão pretende diminuir o tempo para a entrega das doses no Estado.
Segundo o coordenado do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAOSAÚDE) do Ministério Público do Estado de Goiás, promotor Eduardo Prego, a MP busca ainda mais ações por parte dos governos estadual e municipal. “É preciso fornecer os insumos e os materiais necessários, tanto para o atendimento dos profissionais quanto para a população que procura as unidades básicas de saúde. Inclusive a implementação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), de enfermaria e isolamento para o recebimento destas pessoas que apresentam um agravamento do estado de saúde”, afirmou.
A SES informou que o Estado e município se comprometeram a disponibilizar 170 leitos por meio da rede privada, especialmente para tratar os casos de gripe H1N1. O órgão ainda lembrou que serão criados 30 novos leitos de enfermaria no condomínio solidariedade, no Jardim Europa, próximo ao Hospital de Doenças Tropicais.
Sintomas
A gripe H1N1 possui sintomas muito semelhantes à gripe comum. Pode-se sentir a garganta seca, rouquidão, pele quente e úmida, além de olhos lacrimejantes. Nas crianças, a febre pode apresentar com temperaturas mais altas, com quadros de bronquite e sintomas gastrointestinais.
Além desses sintomas, é possível que também ocorra diarreia e vômito na pessoa infectada, mas esses não são tão recorrentes. A recomendação médica é que, ao constatar a frequência desses sintomas, o cidadão procure ajuda médica para se submeter a um exame clínico e, assim, ter certeza do diagnóstico.
Pandemia
Em 2009 um surto de H1N1, que teve início no México, afetou praticamente todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na época que a epidemia era um caso de emergência na saúde pública internacional.
No Brasil, foram mais de mais de 58 mil casos da doença e 2.100 mortes confirmadas. A gripe estava na escala seis de alerta da OMS, em uma escala de 1 a 6. De acordo com a OMS, a gripe H1N1 é uma mutação de diversos vírus incluindo a da gripe espanhola, outras formas de gripe humana, e da gripe aviária.
Como é feita a vacina
Todos os anos a Organização Mundial da Saúde (OMS) altera a composição da vacina para gripe, essa alteração se dá devido a pesquisas que informam o tipo de vírus que circula nas regiões. Este ano as vacinas chegam com duas mudanças nas Cepas de Influenza A (H3N2), a composição das vacinas trivalentes e tetravalentes foi alterada já que o tipo de vírus que circula pela América do Sul mudou.
De acordo com a médica infectologista, Priscila Saleme, foram detectados 2.674 casos de influenza no país, sendo de um vírus que migrou de Singapura. “A diferença entre as duas vacinas está no subtipo do vírus H3N2, que nos EUA é o tipo Hong Kong e no Brasil o Singapura. No entanto, vale sempre lembrar que, apesar de a composição da vacina ser sempre baseada num complexo sistema de vigilância epidemiológico de cada localidade, nem sempre será possível que haja uma correspondência exata entre o vírus vacinal e o vírus circulante”, concluiu.
(Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian). (Foto: Reprodução)