Investimento deve crescer 13% nos próximos 3 anos
Apostas em infraestrutura devem ditar a retomada do crescimento do Brasil, afirma presidente do BNDES
Estimativa feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aponta para um crescimento médio de 13%, nos próximos três anos, dos investimentos em infraestrutura no país. O dado foi divulgado presidente do banco, Dyogo Oliveira, ao participar do 6º Fórum Lide de Infraestrutura, Logística e Mobilidade, na capital paulista.
“Temos uma retomada dos investimentos com crescimento considerável”, avaliou Dyogo. O BNDES atua como principal financiador de infraestrutura no Brasil, oferecendo linhas de longo prazo, que são as mais adequadas para esse tipo de projeto.
O presidente do BNDES disse confiar na soma de recursos com o setor privado para atrair investidores. “Há mais de 30 anos temos atraído [investidores] para a gestão da infraestrutura. Agora precisamos para o financiamento da infraestrutura.”
Para isso, o BNDES criou uma área de estruturação de projetos, preocupação que surgiu após a saída de empresas e construtoras, em razão de impedimentos judiciais, responsáveis pelas grandes obras. Oliveira elenca a necessidade de marco regulatório, da melhora do ambiente de negócios e de segurança jurídica.
“A deficiência [regulatória] principal é no setor de saneamento. Não dá para ter competência municipal, empresas estaduais e funding [obtenção de recursos] federal, não dá mais. Se for preciso, uma emenda constitucional”.
O presidente do BNDES relaciona os “deploráveis índices de cobertura de rede de saneamento no Brasil” à dificuldade regulatória no país.
Serviços
O volume do setor de serviços fechou o mês de junho com crescimento de 6.6% em relação a abril (livre de influências sazonais), registrando a maior expansão da série histórica iniciada em 2011.
O resultado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e reverte a queda de 5% registrada em maio – quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. Mesmo com o crescimento de junho frente a maio, o setor de serviços fecha os primeiros seis meses do ano negativo em 0,9%, inferior à queda acumulada até maio, que era de -1,3%.
Em relação a junho de 2017 (sem ajuste sazonal), o volume de serviços avançou 0,9%, registrando a segunda taxa positiva do ano nessa comparação. O acumulado nos últimos 12 meses passou de -1,6% em maio para -1,2% em junho, mantendo a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017, quando a taxa era negativa em 5,1%. (Agência Brasil)