O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Saúde

Dia Mundial de Combate ao AVC é comemorado nesta segunda-feira

Neurologista alerta para a importância do atendimento nos primeiros momentos pós derrame

Postado em 29 de outubro de 2018 por Patrick Wallison
Dia Mundial de Combate ao AVC é comemorado nesta segunda-feira
Neurologista alerta para a importância do atendimento nos primeiros momentos pós derrame

De acordo com cientistas britânicos, um novo tipo de ressonância magnética pode ser uma técnica menos invasiva de medir o colesterol das artérias carótidas (Foto: Reprodução)

Da Redação

Com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a prevenção da doença cerebral que mata mais de 100 mil pessoas por ano no Brasil, o dia 29 de outubro foi instituído como o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). O AVC ou derrame é quando ocorre o entupimento de uma veia ou uma artéria dentro da cabeça dificultando a passagem do sangue para o cérebro. 

Segundo o Ministério da Saúde, a doença é o motivo mais comum de morte na população adulta no Brasil, ficando na 4ª posição no ranking da taxa de mortalidade entre os países latino-americanos e o Caribe e a estimativa é que em 2018 a incidência seja de 18 milhões de caso em todo o mundo.

O neurologista Moises Antônio de Oliveira, afirma que é importante saber que o AVC tem tratamento. “A partir do momento em que o paciente apresenta os primeiros sintomas, procure imediatamente o pronto socorro mais próximo. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as chances de tratamento”, alerta. “Qualquer dificuldade de mexer um lado do corpo, ou ter a fala dificultada e a boca torta, é um motivo para ficar alerta, pois é possível reverter o quadro e evitar sequelas que podem gerar danos incuráveis”, acrescenta Moises. 

Vale citar que existem dois tipos de AVC: o isquêmico, quando ocorre esse entupimento nas veias; e o hemorrágico, quando a veia estoura e o sangue se espalha pelo cérebro. As causas do hemorrágico podem ser a pressão alta constante, situação que a veia não aguenta e estoura, ou devido ao quadro de aneurisma, onde a parede do vaso está mais fragilizada, ficando fácil de romper e estourar.

Sintomas

Entre os principais sintomas estão a dificuldade de locomoção, principalmente de um lado do corpo, como por exemplo um braço e uma perna fraca ao mesmo tempo, a dificuldade para conseguir falar e a boca torta.  Também existem sinais menos comuns como uma tontura que começa sem motivos aparentes, vômitos e dores de cabeça. É preciso ficar atento aos sintomas:

Na visão: perda temporária da visão em um dos olhos, visão embaçada ou dupla visão;

No corpo: tontura, formigamento, dormência no rosto, fraqueza muscular, dificuldade para caminhar paralisia com músculos fracos, paralisia de um lado do corpo;

Na fala: Perda ou dificuldade de fala; Incapacidade de falar ou entender o próprio idioma;

Fatores de Risco

Segundo o neurologista, o tabagismo e a diabetes fazem parte dos fatores de risco, mas que grande parte da sociedade não sabe que está atrelado ao AVC. Além disso, o entupimento das veias pode ocorrer de várias formas: o paciente pode ter um problema como colesterol ou pressão alta, por exemplo, o que pode levar à formação mais fácil de placas de colesterol dentro das veias e artérias da cabeça favorecendo seu entupimento; pode apresentar uma arritmia no coração, formando coágulos que podem subir para a cabeça por conta do fluxo do sangue, entupindo uma veia ou artéria; ou pode ter uma placa de gordura na região do pescoço, que dependendo do seu tamanho pode soltar um pedaço o qual pode subir pela corrente sanguínea e entupir uma veia do cérebro.

Para diminuir os fatores de riscos, o paciente deve cuidar do colesterol, controlar o peso e a pressão arterial, não fumar e não usar drogas. O objetivo da campanha de Combate ao Acidente Vascular Cerebral é mostrar para as pessoas os fatores de risco de um derrame e sobretudo alertar sobre a agilidade nos primeiros atendimentos pós derrame. “É necessário garantir que o tecido do cérebro fique o mínimo possível com essa veia entupida e sem oxigênio, pois ao garantir a volta da circulação do cérebro, sabemos que o paciente pode se recuperar. O tecido cerebral pode ficar sem o oxigênio por 4 horas em média, tempo que o médico tem para tentar salvar o paciente”, ressalta Moises.

 

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.