Prefeitura de Goiânia investe para o Natal cerca de R$ 500 mil
A prefeitura de Goiânia deve investir para o Natal cerca
de R$ 500 mil, neste ano
Gabriel Araújo*
Os trabalhos de instalação da iluminação de Natal já seguem por quase 20 dias e devem ser finalizados nesta semana. A reutilização de luzes e equipamentos de 2016, e a compra de alguns materiais não devem dar muita esperança de novidade para a população que espera comemorar a data em um local público.
A prefeitura de Goiânia deve investir para o Natal cerca de R$ 500 mil conforme informou a assessoria de imprensa por meio de uma nota oficial para O Hoje. O baixo investimento se deve muito ao fato de que muitas decorações serão reaproveitadas do último ano, assim como aconteceu em 2017, portanto boa parte das decorações da capital goiana serão as mesmas de dois anos atrás. Segundo a prefeitura, isso acontece devido à boa condição dos enfeites e a previsão é que tudo esteja pronto no fim deste mês.
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Dolzonan da Cunha Mattos, apesar disso alguns itens precisaram ser comprados. “A gente está reaproveitando muito material dos outros anos. Tivemos que fazer reparos em alguns itens de decoração e em algumas iluminações para conseguir reaproveitar, mas para conseguir fazer um Natal mais bonito esse ano é necessário investir. Queremos iluminar outras duas praças e só com o material que temos em mãos dos anos anteriores não será possível fazer isso”, lembra.
Para o mestre de obras Marcio José, de 57 anos, apesar de não ter mudanças nos equipamentos, a iluminação ainda marca o período. “Eles não tem dinheiro e precisam fazer isso, colocar essa iluminação antiga”, conta. “Ainda gosto do jeito que tá, mas é sempre assim”, finaliza.
Alguns locais vão receber uma atenção especial, como é o caso da Praça Tamandaré e Praça Leo Lince, no Setor Oeste, além da Praça do Bandeirante, no Centro da Capital. A decoração contará com mais de 6.000 m de cordões de lâmpadas e 7.000 conjuntos de LED. Os parquinhos e a casa do Papai Noel também contarão com a iluminação, o que equivale a três mil conjuntos a menos que o utilizado no ano de 2017, quando o Natal contou com 10.000 conjuntos de LED.
Para o secretário, a inauguração deverá ocorrer já nas próximas semanas. “Estamos muito otimistas com a aproximação de mais um evento importante para a população goianiense. Essas praças deverão ficar maravilhosas com as decorações de Natal. Queremos contar com a presença de toda a comunidade para, juntos, festejarmos”, afirmou.
De acordo com o órgão, existe a expectativa de que mais pessoas visitem os locais, onde haverá uma programação especial todos os dias, como as presenças da Mamãe e Papai Noel, apresentações culturais, brinquedos para as crianças e um presépio. A inauguração, também contará com a Cantata de Natal com o coral “Vozes em canto”, formado por alunos das escolas municipais da Capital.
O tradicional “Projeto Luzes” foi cancelado em 2017 e pode ganhar uma nova versão neste ano, com algumas mudanças. As inscrições caíram consideravelmente devido a mudança de opinião das pessoas em relação à sustentabilidade e gasto com energia elétrica que hoje é muito diferente de 20 anos atrás o que contribuiu para o cancelamento.
Novos empregos são gerados com a movimentação natalina
Chegada do Natal movimenta a economia e gera novos empregos temporários. De acordo com empresas do ramo, os meses de outubro, novembro e dezembro sinalizam um crescimento de interesse em enfeites para a data comemorativa relacionado com o aumento de vendas. Com o alto número de desempregados, a contratação de temporários se torna uma alternativa.
Uma loja especializada em enfeites de Natal abre uma filial especialmente para os últimos três meses do ano. Localizada no Setor Bueno, a fábrica deixa de funcionar somente no polo empresarial, em Aparecida de Goiânia, para ampliar as vendas para todo o país. Para a gerente Angela Bacellar isso é a prova do esperado aumento nas vendas. “Essa loja (localizado na avenida T-10) só abre durante três meses, outubro, novembro e dezembro. Nós temos o nosso CD que é no polo empresarial, as peças ficam lá para ser distribuídas para o país. Os funcionários que contratamos são temporários”, afirma. “Esse ano contratamos 15, igual no último ano. Porém nesse ano nós importamos mais, trouxemos mais peças, porque ao longo do ano a aceitação foi muito boa e já temos uma noção de como vai ser o varejo, então nós trouxemos um pouco mais de peças porque no ano passado faltou”, disse.
Para os empregadores, a contratação temporária pode ser uma oportunidade para a efetivação dos trabalhadores. “Às vezes contratamos alguns funcionários de maneira fixa e vão para o polo empresarial em Aparecida de Goiânia. Lá precisa de pessoal para vender no atacado, cuidar da parte logística que é o pessoal do estoque, tem também o administrativo. No último ano acredito que contratei uns 2 ou 3, todo ano nós aproveitamos alguns”, completa.
Região Metropolitana
Além de Goiânia, a visinha Aparecida tem oportunidades de empregos temporários para esse fim de ano. Uma fábrica de panetones e ovos de páscoa, por exemplo, espera crescer a produção e deve contratar. O proprietário da empresa Di Anju, Divino Ismael, afirma ter oportunidades para este ano, que podem ser prorrogadas até a próxima páscoa. “Esse ano vamos aumentar nossa produção em 30% e provavelmente vai precisar contratar mais do que os 12 funcionários que já contratamos até o momento. Acredito que de 8 a 10 serão necessários, mas ainda estamos pensando na estratégia e podemos acertar de acordo com a necessidade. Em outubro começamos a fabricar panetone até dia 22 de dezembro”, contou.
A produção de panetones também cresce, o que fez o proprietário investir e comprar novas máquinas e distribuir seus produtos para todo o país. “Todo ano aumentamos a produção, em 2017 foi de quase 25% em relação a 2016. Nossas vendas foram boas e decidimos aumentar em 30% em 2018. Vamos trabalhar no nosso limite nesse ano, pois estamos com novas máquinas. Comercializamos para atacadistas, supermercados, para o país inteiro. Dependendo das vendas, os funcionários temporários podem continuar até a páscoa”, completou Divino Ismael. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian).