Eduardo Marques*

Um  trabalho conjunto da Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) cumpre, nesta terça-feira (18/12), 5 mandados de prisão contra policiais militares (PMs). Eles são suspeitos de integrar um grupo de extermínio. De acordo com o MP-GO, PMs atuavam em Caldas Novas, Santo Antônio do Descoberto e Alto Paraíso de Goiás. Os detidos estão sendo encaminhados à PF de Brasília. 

Batizada de ‘Circo da Morte’, a operação foi deflagrada na madrugada desta terça-feira (18) e conta com o auxílio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO e da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). Para cumprir os 5 mandados de prisão e 9 mandados de busca e apreensão, trabalham 5 promotores, 3 delegados e agentes da Polícia Federal, todos na cidade de Caldas Novas. 

O tenente-coronel Carlos Eduardo Belelli é um dos presos na operação. A informação foi confirmada pela GloboNews. O militar concorreu ao cargo de deputado estadual pelo Partido da República (PR) neste ano, mas não foi eleito.

Os policiais detidos estão sendo investigados pela prática de homicídios qualificados ocorridos em Caldas Novas, Santo Antônio do Descoberto e Alto Paraíso de Goiás. O nome da operação faz referência ao fato de que o grupo é suspeito de divulgar mortes em confronto policial como atitudes legítimas, quando, na realidade, há suspeitas de homicídios praticados pelos militares investigados e até mesmo de simulações de situações de confronto com as vítimas. O grupo ainda é suspeito de invadir a residência de um casal, retirá-los à força, executá-los e ocultar o cadáver das vítimas.

Em nota, a Polícia Militar informa que, por meio da Corregedoria PM, está acompanhando todo desdobramento da “Operação Circo da Morte”, desencadeada pelo MP-GO e Polícia Federal. “Ressaltamos que todas as providências legais, pertinentes à corporação, já estão sendo adotadas, e que o Comando Geral da PMGO designou uma  equipe de Oficiais corregedores para atuar  e acompanhar, em conjunto com o Ministério Público e Polícia Federal, o cumprimento dos mandados  de prisão”, diz o comunicado. 

 *(Eduardo Marques é integrante do programa de estágio do jornal O Hoje)