Brasil enfrenta a Venezuela nesta sexta-feira no El Teniente, em Rancagua
Pela segunda rodada do hexagonal final do Sul-Americano sub-20, a seleção brasileira de futebol masculino duela com a Venezuela
*Luiz Felipe Mendes
Quando pensamos em futebol e colocamos Brasil e Venezuela na balança, obviamente ela vai pender para o lado canarinho. Em nenhum ponto da história os venezuelanos foram melhores que os brasileiros nesse esporte. Porém, na categoria sub-20, as duas equipes atualmente se enfrentam de igual para igual. No segundo jogo do hexagonal final do Sul-Americano, jogado no Chile, o Brasil pega a Venezuela hoje, às 23h10, no El Teniente, em Rancagua.
Vamos começar pelo histórico de cada time dentro da competição continental. Pegando o apanhado geral, o Brasil é altamente superior, com incríveis 11 conquistas, disparado na liderança. O segundo lugar, Uruguai, tem “apenas” oito. A Venezuela, por sua vez, sequer ganhou, com duas campanhas de terceiro lugar. Na Copa do Mundo da modalidade, as coisas não são tão diferentes assim. A seleção verde e amarela tem cinco títulos, sendo a segunda maior ganhadora, atrás apenas da Argentina, com seis. Os venezuelanos, por outro lado, também nunca levantaram um caneco. Então por que o confronto de hoje promete ser equilibrado?
Em 2017, ano em que houveram edições de Sul-Americano e Mundial sub-20, a Venezuela brilhou. Não ganhou nenhum dos dois torneios, é verdade, mas ficou com a vice-colocação em ambos. No campeonato da América do Sul, perdeu para os uruguaios na final. Na Copa do Mundo, foi derrotada pela Inglaterra na decisão, rendendo o primeiro título para os criadores do futebol. Por isso, engana-se quem acha que o Brasil terá vida fácil diante desse adversário em particular. No confronto entre os dois pela primeira fase do Sul-Americano deste ano, a nossa seleção triunfou por 2 a 1, mas foi um jogo duro. Não há razões para não acreditar que o mesmo vá acontecer hoje, em uma etapa tão decisiva.
Para se recuperar do empate sem gols com os colombianos na terça-feira passada, o técnico Carlos Amadeu pode mudar a sua forma de jogar. “As alterações podem acontecer de forma pontual e buscando algo que nos dê consistência defensiva dentro desse jogo apoiado”, comentou. Com a ausência do atacante Papagaio (Palmeiras), lesionado, o setor ofensivo pode ter Toró (São Paulo), Tetê (Grêmio), Igor (São Paulo) e Rodrygo (Santos) comandando as ações. Ramires, do Bahia, está de volta após suspensão e pode ser alternativa para o treinador brasileiro.
O hexagonal final funciona da seguinte maneira: os três melhores times dos seis participantes ganham vaga direta para o Mundial e o Pan-Americano de 2019, a serem disputados no meio do ano. O quarto colocado classifica-se somente para a Copa do Mundo da Polônia. No momento, o Brasil divide o quarto lugar com a Colômbia, enquanto a Venezuela divide o segundo com Uruguai. O único time que venceu na rodada passada foi o Equador, o qual derrotou a Argentina. Além de Brasil x Venezuela, temos hoje também o embate entre Argentina e Colômbia, às 18h30, e entre Equador e Uruguai, a partir das 20h50. A competição retorna na segunda-feira com mais três compromissos.